A ausência de uma planificação criteriosa é que leva muitas instituições públicas, em Sofala, a contraírem dívidas de forma cíclica com fornecedores de bens e serviços, manchando a imagem do Governo.
O Governador de Sofala, Carvalho Muária, que, semana passada, interagiu com funcionários da direcção provincial do Plano e Finanças, manifestou preocupação pelo facto de as instituições públicas neste ponto do país não terem conseguido ultrapassar o problema de dívidas com terceiros.
Ele denunciou que esse problema deriva da ausência de uma planificação criteriosa. Lamentou o facto de as instituições do Estado em Sofala continuarem a contrair dívidas de forma arbitrária.
Disse de forma categórica que “há falta de planificação”, observando que nada justifica as instituições públicas continuarem a dever energia, água, telefone e outros serviços prestados por terceiros.
Uma medida pontual deixada pelo governador Carvalho Muária para inverter esse cenário é a necessidade urgente de capacitação dos gestores financeiros, desde o nível provincial até distrital.
Refira-se que existem, em Sofala, casos concretos de instituições públicas que chegam a ficar privados do fornecimento de serviços de energia, telefone e água por acumulação de dívidas.
Além desses serviços, existem muitos outros casos em que as instituições do Estado em Sofala até ficam sem papel, para não falar de outros consumíveis cuja falta tem sido sistemática, como por exemplo toneres para impressora e fotocopiadora.
Isso tudo contribui negativamente não somente para a imagem do Estado, como também afecta o nível de prestação dos próprios serviços e proporciona elevados constrangimentos aos fornecedores, muitos deles obtém bens a base de créditos e acabam não conseguindo honrar os seus compromissos.
