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Gilles Cistac assassinado na capital de Moçambique

Gilles Cistac assassinado na capital de Moçambique

Gilles Cistac, professor catedrático de Direito Constitucional e director-adjunto para a investigação e extensão na Universidade Eduardo Mondlane, não resistiu aos quatro tiros de que foi alvo cerca das 8h30 desta terça-feira(03), defronte de um café no bairro da Polana, na capital de Moçambique, e perdeu a vida no início da tarde no Hospital Central de Maputo.

Cistac acabava de tomar o pequeno almoço, como fazia regularmente quase todos os dias neste café localizado na esquina entre as avenidas Mártires da Machava e Eduardo Mondlane, e estava na viatura que o iria transportar quando foi baleado pelas costas por desconhecidos.

Segundo o seu motorista o especialista de Direito Constitucional estava sentado na viatura quando foi metralhado, no local foram encontradas pelo menos cinco cápsulas de balas, ainda tentou sair do automóvel mas caiu na estrada alvejado por quatro tiros que o atingiram no tórax e no abdomen.

Gilles Cistac, que reside e trabalha em Moçambique desde 1993, foi levado para o Hospital Central de Maputo(HCM), na viatura conduzida pelo seu motorista, onde deu entrada às 08h55, ainda com vida mas em estado muito grave, com perfurações no tórax e abdómen, causados por projécteis de uma arma de fogo, segundo testemunhas do tipo metralhadora.

A Polícia, através do seu porta-voz, Orlando Modumane, afirma que o crime foi perpetrado por quatro indivíduos, três de raça negra e um de raça branca, que se faziam transportar numa viatura não identificada. Segundo a polícia os tiros foram disparados pelo indivíduo de raça branca.

No princípio da tarde, o Director do HCM, João Fumane, informou que Gilles Cistac tinha sido submetido a uma intervenção cirúrgica para extração das balas contudo, após 4 horas, os médicos não conseguiram salvar este cidadão nascido na cidade de Toulouse, em França, a 11 de Novembro de 1961 e naturalizado moçambicano em 2010.

O óbito foi declarado cerca das 13:00 horas.

A Renamo, principal partido da oposição em Moçambique, considerou que o baleamento de Gilles Cistac é um ato de “perseguição política” motivado pelas posições recentes do académico. “O atentado que sofreu o professor Gilles Cistac é uma perseguição política, ele é vítima de ter expressado as suas opiniões em relação aos assuntos políticos mais importantes do país”, afirmou o porta-voz da Renamo (Resistência Nacional Moçambicana), António Muchanga.

Entretanto o Governo moçambicano, pela voz de António Gaspar, Conselheiro do Presidente da República, considerou este atentado “um acto macabro” e instruiu o Ministério do Interior no sentido de encontrar os responsáveis para que sejam “exemplarmente punidos”.

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