Para continuarmos  a fazer jornalismo independente dos políticos e da vontade dos anunciantes o @Verdade passou a ter um preço.

Ghorwane actua no Bar Gil Vicente

Na próxima sexta-feira, dia sete de Março, a partir das 23 horas, a conceituada banda moçambicana, Ghorwane, realiza um concerto no palco do Café e Bar Gil Vicente em Maputo.

Ghorwane é uma banda moçambicana formada em 1983, cujo nome foi inspirado num lago do distrito de Chibuto, na província de Gaza, a terra natal de Pedro Langa, um dos seus fundadores que encontro a morte – assassinado – em 2001.

O activismo e a consciência crítica são a marca da Banda Ghorwane, contra a estagnação artística dos moçambicanos, cantando em diversas línguas. Em 1985, quando da celebração dos dez anos da independência nacional, o presidente Samora Machel classificou-os como “os bons rapazes”, um epíteto com o qual ficaram conhecidos até os dias actuais.

No ano seguinte, em 1986, os Ghorwane gravaram uma série de canções de contestação à guerra e ao militarismo do regime e, de entre essas, o tema “Massotcha”, o mesmo que exército, conquistou um amplo destaque.

O seu estilo é uma combinação da música tradicional de Moçambique, o Afro Pop e o Fusion. As músicas são cantadas nas línguas locais, incluindo o xichangana. O último trabalho gravado da banda é denominado “Vanvana Ndota” e foi publicado em 2005, em homenagem a Zeca Alage (1959-1993), também assassinado.

Entre a discografia dos Ghorwane encontramos a obra “Majurugenta”, publicada em 1993, “Kudumba”, de 1997, “Mozambique Relief”, de 2000, e a banda sonora da série de televisão “Não é preciso empurrar” (1994), sob a direcção artística de Karen Boswell, incluindo textos do escritor Mia Couto.

Actualmente, a Banda Ghorwane é constituída por Roberto Chitsonzo, Carlitos Gove, Paito Tcheco, Júlio e António Baza, Muzila e David Macuácua. Sabe-se, porém, que artistas como Tchica, Zeca Alage, Pedro Langa, Jorge César, Moreira Chonguiça, Ivan Mazuze, Nanando, Celso Paco, incluindo João Carlos (Joni) que se separou recentemente da colectividade.

Por todas estas razões, mas sobretudo pelo particular “moçambicanismo” que há nas suas músicas, bem como a oportunidade de esta ser uma das mais célebres bandas, rever os Ghorwane é uma oportunidade ímpar – a não perder.

Facebook
Twitter
LinkedIn
Pinterest

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

Related Posts

error: Content is protected !!