Para continuarmos  a fazer jornalismo independente dos políticos e da vontade dos anunciantes o @Verdade passou a ter um preço.

Gestores da Penitenciária de Maputo presos por facilitar fuga do suposto assassino do Procurador Marcelino Vilanculo

Nove membros da direcção e da guarda do Estabelecimento Penitenciário da Província de Maputo (ex-Cadeia Central), entre eles director Castigo Machaieie, recolheram aos calabouços, a 01 de Dezembro corrente, acusados de facilitar a evasão de um dos reclusos envolvidos na morte do Procurador Marcelino Vilanculo, na noite de 11 de Abril deste ano.

A detenção, legalizada a 02 de Dezembro, pelo Tribunal Judicial da Província de Maputo (TJPM), decorre, por um lado, “pelo facto de haver comprovado perigo de perturbação da instrução”, segundo um comunicado enviado ao @Verdade.

Por outro, o Ministério Público concluiu “haver fortes suspeitas da prática do crime de comparticipação do encarregado da guarda do preso, previsto e punido pelo artigo 423 do Código Penal, e do crime de corrupção passiva para o acto ou omissão ilícita, previsto e punido pelo artigo 502 do Código Penal”.

O documento difundido pela Procuradoria Provincial de Maputo (PPM), sobre este mesmo caso, não esclarece quem são os visados.

Contudo, sabe-se que entre os detidos consta o director da Estabelecimento Penitenciário, Castigo Machaieie, e outros membros da sua direcção, ou seja, seus subordinados.

É ainda público, que, o âmbito de um inquérito instaurado com vista a apurar o que levou à fuga do referido prisioneiro e os responsáveis pelo sucedido, Castigo Machaieie, também alvo do mesmo processo, foi compulsivamente demitido do cargo.

Volvidos alguns dias, o dirigente recolheu aos calabouços com os seus subalternos, por haver provas bastantes de que está envolvido no caso.

O Procurador Marcelino Vilanculo foi cobardemente morto defronte da sua casa, no bairro de Malhanpswene, no município da Matola.

No dia do funeral da vítima, Amélia Machava, procuradora-chefe da Cidade de Maputo, disse que o seu colega afirmou, receando ser morto, que “nós vamos morrer assim: crivados de balas e em plena via pública, nas nossas viaturas”.

Entretanto, o homicídio contra o juiz Dinis Nhavotso Silica, da Secção Criminal do Tribunal Judicial da Cidade de Maputo (TJCM), na manhã de 08 de Maio de 2014, no cruzamento entre as avenidas Karl Marx e Marien Ngouabi, continua sem novidades.

Facebook
Twitter
LinkedIn
Pinterest

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

Related Posts

error: Content is protected !!