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Germanófilo é visto como primeiro ministro caso Hollande vença as eleições na França

O líder da bancada socialista no Parlamento da França, Jean-Marc Ayrault, desponta como favorito para o cargo de primeiro-ministro caso o seu colega de partido François Hollande vença a segunda volta das eleições presidenciais, Domingo.

Ex-professor de alemão, Ayrault é um tradicional aliado de Hollande, e conhecido por suas posições pragmáticas. Nas últimas semanas as apostas políticas inclinam-se na sua direcção, em contraposição à da líder do partido, Martine Aubry, uma esquerdista da velha guarda.

Vários políticos socialistas e assessores de Hollande fora do partido disseram à Reuters que Ayrault agora é o favorito para o cargo.

Eles pediram anonimato, porque o candidato quer evitar um clima de “já ganhou” contra o presidente Nicolas Sarkozy, candidato à reeleição.

A familiaridade com a língua e a cultura da Alemanha pode fazer do conciliador Ayrault uma ponte com Berlim depois duma campanha eleitoral na qual Hollande insiste em renegociar um pacto europeu de disciplina fiscal inspirado pelos alemães.

O discreto Ayrault é prefeito de Nantes, cidade do oeste da França, e actua como assessor especial na campanha de Hollande, encarregado da ligação com outros partidos esquerdistas europeus, especialmente o Partido Social-Democrata (SPD), da oposição alemã.

Nos bastidores, o grisalho político de 62 anos realiza missões delicadas. Ano passado, reuniu-se com os assessores da chanceler (primeira-ministra) Angela Merkel, em Berlim, para tentar construir laços com o governo dela, de linha conservadora.

O resultado da primeira volta eleitoral, em Abril, reforçou o favoritismo de Ayrault sobre Aubry, uma vez que o candidato esquerdista Jean-Luc Mélenchon teve uma votação abaixo do esperado, 11,1 por cento dos votos, o que esvaziou a pressão para que Hollande nomeie um primeiro-ministro capaz de atrair a extrema esquerda.

Os socialistas dizem também que o facto de Hollande ter ficado em primeiro lugar na votação, relegando pela primeira vez na história o presidente em exercício à segunda colocação, deixa o candidato mais livre para impor a sua escolha pessoal.

Hollande, que como Ayrault vem da ala social-democrata (moderada) do PS francês, garante que ainda não escolheu um primeiro ministro, mas a sua definição para o cargo sugere uma preferência pelo líder parlamentar.

“A pessoa em questão deve conhecer bem o Partido Socialista, os seus membros esquerdistas do Parlamento, e estar nos melhores termos comigo”, disse o candidato, esta semana.

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