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Garantidos produtos de primeira necessidade para quadra festiva

O director da Indústria e Comércio ao nível da cidade de Maputo, Armindo Barradas, diz que não haverá qualquer situação anormal relativamente aos produtos de primeira necessidade durante a quadra festiva de Natal e de fim-do-ano, mas manifestou-se apreensivo quanto ao tomate, batata, ovos, cebola e carne bovina.

Barradas falava durante a sessão da Assembleia Municipal de Maputo, que se reuniu semana passada para, entre outros objectivos, aprovar o Plano Anual de Actividades e o Orçamento para o ano económico de 2010. “Estamos apreensivos porque os números que nos são dados por entidades responsáveis pelo fornecimento de alguns destes produtos podem não ser reais”, disse.

O director da Indústria e Comércio da cidade foi chamado pela Assembleia Municipal de Maputo para prestar uma informação àquele órgão, relativa aos preparativos da quadra festiva na capital moçambicana, que tem sido caracterizada por uma grande subida de preços dos produtos de primeira necessidade.

“Há informações de que na vizinha África do Sul, quando se aproxima a quadra festiva, os trabalhadores de algumas “farmas” entram em férias colectivas, sendo a cebola, batata e outros produtos colocados em armazéns para, posteriormente, serem introduzidos em Moçambique através de circuitos pouco claros” disse aquele responsável.

“Recentemente, estivemos na Suazilândia e na África do Sul para fazermos contactos com entidades locais, visando assegurar o fornecimento destes produtos durante a quadra festiva que se avizinha, e outros moçambicanos encontram-se neste momento na África do Sul com o mesmo objectivo”, referiu.

Entretanto, relativamente aos frangos, Barradas disse haver um excedente de 1250 toneladas relativamente àquilo que está estabelecido em termos de consumo “per capita”, embora muitas vezes isso não corresponda à realidade no terreno, porque as estimativas são feitas tendo em conta uma população de cerca de 1.2 milhão de habitantes ao nível da cidade de Maputo.

“Durante a quadra festiva, nós podemos contar, na cidade de Maputo, com mais de 1.5 milhão de pessoas, porque temos muitos visitantes, mesmo sabendose que há muitas pessoas que saem para outras províncias do país”, frisou o director da Indústria e Comércio de Maputo.

Quanto ao eventual agravamento de preços por parte de alguns comerciantes da cidade de Maputo, Armindo Barradas afirmou ser “difícil de evitar” que isso ocorra, porque “numa economia de mercado não se pode ir a um estabelecimento comercial e obrigar o comerciante a praticar um determinado preço, embora se possa fazer uma aferição do mesmo sempre que houver dúvida em relação ao preço”.

Contudo, a Direcção da Indústria e Comércio da Cidade de Maputo colocou técnicos daquela direcção nas Administrações Municipais para monitorar a situação referente à preparação da quadra festiva e enviou notas aos ministérios e outras instituições aconselhando os trabalhadores a fazer compras em tempo útil para não serem afectados pela subida dos preços.

Por outro lado, está em funcionamento, a partir de 15 de Novembro corrente, uma Linha Verde, que tem estado a receber informações sobre a circulação de produtos essenciais na cidade de Maputo e denúncias de alguns comerciantes que já começaram a aprovisionar algumas mercadorias, particularmente aquelas cujos prazos expiraram, para vender durante a quadra festiva.

Em termos de refrigerantes, Barradas disse que a Coca-cola, dada a sua fraca capacidade no que se refere a garrafas, o abastecimento será maioritariamente feito em latas, enquanto que a Cervejas de Moçambique garante que “não vai faltar cerveja durante a quadra festiva”.

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