A Galeria de Arte Maconde, em parceria com a Organização Educacional, Científica e Cultural das Nações Unidas (UNESCO), promove uma formação sobre o pau-preto para a camada feminina como forma de replicar a prática da arte maconde. São no total 10 participantes, cinco raparigas e igual número de rapazes, numa faixa etária de 15 a 22 anos de idade.
O curso que está a ser financiado pela UNESCO tem a duração de dois meses e depois do término os participantes vão beneficiar de ferramentas de trabalho com vista a realizar as suas actividades. Segundo Elias João Munga, instrutor das participantes do curso de formação das novas esculturas do pau-preto, neste preciso momento tudo esta sendo feito para que as raparigas saiam daquela curso depois de terem aprendido trabalhar o pau-preto.
Munga referiu que os fundos da formação estão a ser custeados pela UNESCO, e espera nos próximos tempos criar oportunidades para que a arte maconde seja praticada igualmente por mulheres. Judute Chicova, de 22 anos de idade e mãe de dois filhos, é desempregada e já completou a 12ª classe, e está a participar no curso porque pretende acabar com a pobreza que lhe apoquenta e espera nos dois meses conseguir todos os conhecimentos básicos da arte maconde.
Ernestina Mungue, de 20 anos de idade, tem a 12ª classe feita e diz que está a participar no curso por incentivo do seu tio e pretende no futuro ser uma das artistas cotadas na arte maconde. Ernestina disse que o seu maior sonho era ser jornalista, mas porque não teve a oportunidade para tal então optou por abraçar a arte como forma de combater à pobreza que afecta a sua família.
Atija José Combo, outra participante do curso de formação de futuras escultura, tem 22 anos de idade, natural do distrito de Mogincual solteira e mãe de uma filha, disse que antes daquela capacitação não fazia nada, senão actividades domésticas. Atija avançou que a única perspectiva que tem é conseguir ser uma artista de artes maconde de sucesso.