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Futsal: Iquebal “rouba” a liderança à Liga Muçulmana

Futsal: Iquebal “rouba” a liderança à Liga Muçulmana

A contar para a sexta jornada do Torneio de Abertura de Futsal da Cidade de Maputo, o Grupo Desportivo Iquebal goleou a ADEC, por 6 a 2, e beneficiou do empate dos muçulmanos, diante do Nassela’s, o lhe fez ascender à liderança da prova.

No princípio parecia que os campeões nacionais em título teriam 40 minutos de sofrimento, em virtude de o conjunto da ADEC ter entrado forte e disposto a contrariar o favoritismo daquela equipa que jogava em casa. Minutos após o arranque da partida e notando a pouca produtividade da sua equipa, sobretudo no sector ofensivo, Juneid Ibrahimo, treinador do Iquebal, decidiu colocar em campo os jogadores mais experientes que tinha à disposição no banco técnico, no sentido de “roer” a consistência defensiva dos visitantes.

E a primeira situação flagrante de golo pertenceu ao Iquebal, através de um forte disparo de Manucho, que foi defendido por Alexandre, volvidos dois minutos. Em jeito de resposta, num lance de contra-ataque rápido, mercê de uma perdida de bola na zona intermediária, o poste direito da baliza de Sulumba devolveu o tiro de Augusto.

Depois de passar o perigo, o Iquebal decidiu concentrar-se na zona recuada do terreno esperando, pacientemente, pela ruptura do esquema defensivo da ADEC. Os donos da casa optaram pela circulação da bola, uma postura que lhes podia ter prejudicado, na medida em que Augusto, depois de interceptar o esférico, isolou o seu companheiro John que, diante de Sulumba, rematou ao lado da baliza.

Um minuto mais tarde, Nandeco, sem nenhum tipo de marcação na área do guarda-redes contrário, recebeu a bola vinda de Manucho e marcou o primeiro golo da noite. Um tento que não conseguiu abalar a audaciosa ADEC, pois esta equipa continuou a lutar pelo empate. À passagem do minuto 12, Massango, isolado na marca da grande penalidade, tocou mal na bola e desperdiçou uma soberba oportunidade para restabelecer a igualdade no marcador.

Face ao atrevimento dos visitantes, o treinador do Iquebal mandou os seus jogadores pautarem pela protecção e circulação da bola, de modo a esperar pela melhor ocasião para atacar a baliza contrária, protegendo-se, igualmente, dos golpes venenosos da ADEC. Esta táctica dos donos da casa surtiu o efeito desejado pois, a nosso ver, foi graças a ela que ampliaram a vantagem.

Depois de travar o ataque do Iquebal, Massango falhou no corte, tendo a bola sobrado no pé de Dino que rematou certeiro para o fundo das malhas de Alexandre. Até ao intervalo, os forasteiros ainda beneficiaram de duas oportunidades de golo, mas os tiros de John e Massango não conseguiram trair o guarda-redes Sulumba.

Na etapa conclusiva, a ADEC entrou disposta a lutar pela “vida”. Pressionou nos instantes iniciais e amedrontou o Iquebal que se viu na contingência de pedir, novamente, a ajuda dos seus atletas mais experientes, que também não conseguiram impedir o avanço dos visitantes. À passagem do 25º minuto, graças a uma excelente combinação, Massango entregou o esférico a Adel que, por sua vez, soltou uma bomba que terminou dentro da baliza de Sulumba.

O Iquebal respondeu no minuto a seguir, através de uma jogada iniciada por Dino que, ao fintar dois adversários, passou a bola ao inexperiente Vânio que não soube dar o melhor desfecho ao lance, falhando o alvo mesmo com a baliza totalmente escancarada. Com o jogo praticamente controlado pela ADEC, e o adversário a jogar somente no contra-ataque, à passagem do 29º minuto o poste esquerdo de Sulumba voltou a negar o tento a John, depois de este driblar dois defensores e ganhar a posição de remate.

Porque “quem não marca arrisca-se a sofrer”, o Iquebal ampliou a vantagem a dez minutos do fim da partida. No meio de dois adversários, Nandeco recebeu a bola de Manucho e com um toque subtil enganou o guardião Alexandre. Estava feito o 3 a 1 a favor dos donos da casa. Visivelmente acomodado com o golo da tranquilidade, o Iquebal sofreu uma contrariedade, segundos depois, ao ver Massango reduzir a desvantagem, depois de uma defesa incompleta de Sulumba.

Quando o jogo caminhava a passos galopantes para o seu término, a experiência e o músculo resistente dos jogadores do Iquebal “falaram” mais alto do que o cansaço da ADEC, que num intervalo de quatro minutos sofreu três golos, apontados por Lucky, Dino e Edmundo.

Dada a rendição dos forasteiros, a dois minutos dos 40, Edmundo fez o 7 a 2 e Nandeco apontou o oitavo golo do Iquebal, o último deste confronto, fazendo-nos acreditar que, realmente, “o mais fácil é difícil”, de acordo com o adágio popular.

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