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Futebol zambeziano em crise

Se na edição anterior do DZ reportavamos a questão da falta de domínio da legislação desportiva, então pode-se ver aqui que, por vezes não é por falta de domínio, mas alguns guardam esta lei e tornam-se presidentes vitalícios, autocratas, enfim.

É o caso de Manuel Adriano, que até então desempenha funções de presidente da Associação Provincial de Futebol na Zambézia, já lá vão dez anos. Se fossem dez anos de bom desempenho e respeito pelas leis, ai ninguém estaria contra.

Mas Adriano nem sequer prestou contas aos seus associados durante este período todo. Quando se solicita Assembleia Geral (AG), ele nunca tem tempo para estar, o que dita a não realização e o tempo assim vai se indo e ele vai ficando no poder. Isto trouxe desalento, fragilidades, desconfiança e muitos outros elementos negativos no seio do futebol zambeziano.

Quando se tem um presidente que em quase dez anos não presta contas, há que desconfiar. E é por esta desconfiança que os clubes filiados naquela associação, cansados de olharem em vão como Paulino Cambulo, reuniaram-se por diversas vezes com o presidente da mesa da AG, pedindo-lhe para que convoque eleições.

O presidente da AG, que apenas o identificamos com o nome de Mutondo, fez tudo o que podesse, ou seja, por via legais, usou a escrita para pedir o presidente do Conselho de Direcção, Manuel Adriando, que organiza-se eleições. As primeiras tinham sido marcadas para Abril de 2009, falharam e marcaram-se outras para Novembro do mesmo ano, tambem falharam.

Tudo começou a agudizar-se, porque o presidene Adriano nem sequer dava tempo aos associados. Passou o tempo e a pressão dos clubes veio ao de cima. “Queremos eleições”-dizia o corum. Eleiçõs nunca eram realizadas. Motondo, incansável, marcou encontro com os clubes e estes decidiram que deveriam haver eleições em Janeiro e assim abriram-se as candidaturas, onde deram entra duas listas, sendo uma liderada por Baltazar Pedro (do elenco de Adriano) e de Alberto Colarinho.

Isto tudo nunca teve aval do vitalício Adriano, segundo o documento apresentado pelo presidente da mesa da AG e que o mesmo está na posse do governador. Chegado o dia das eleições, as duas listas empataram e como mandam os regulamentos deveria existir o desempate depois de 24 horas. Houve desempate e ganhou folgadamente a lista de Alberto Colarinho.

Comissão de Gestão

Com estas lufa-lufas todas, o governo da Zambézia, na pessoa do respectivo governador, teve que encontrar algum espaço na sua agenda para reunir-se com os clubes, sociedade civil, etc para que se possa encontrar antídotos para sair desta crise. Olhados todos cenários, no encontro do último sábado ficou decidido que as eleições deverão ter lugar novamente no dia 11 de Março.

E para isso, havia uma imperiosa tarefa. Que os clubes começassem a se inscreverem visto que a época desportiva já arrancou. Foi por isso que foi criada uma comissão de gestão composta por cinco pessoas que vão gerir a associação até a realização das eleições. Esta comissão vai também receber e analisar os processos de inscrição das equipas que pretendem militar no campeonato provincial de futebol da Zambézia.

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