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Funcionários em Meconta desviam 1.5 milhão de meticais do Estado

Seis funcionários do Estado afectos à Administração do Distrito de Meconta, na província de Nampula, foram afastados das suas funções durante seis meses e detidos após constatar-se que estiveram envolvidos em esquemas de desvio de 1.5 milhão através de transferências bancárias no Sistema de Administração Financeira do Estado (SISTAFE). Porém, volvido algum tempo retornaram aos seus postos de trabalhos como se nada tivesse acontecido.

Os visados, detidos e restituídos à liberdade mediante ao pagamento de uma caução na ordem de setenta mil meticais cada, manuseavam as contas do governo do distrito de Meconta com recurso àquela plataforma, tendo se aproveitado desta prerrogativa para efectuar desmandos e descaminho de fundos em benefício próprio e ilegítimo. O problema foi despoletado no ano passado, na sequência de uma auditoria realizadas às contas do executivo.

O administrador de Meconta, Jorge Moura, confirmou o caso e explicou que o roubo do erário consistia na transferência bancária de verbas para uma das contas de um agente económico daquela parcela do país, apenas identificado por Machado. Este recebia uma gratificação monetária pela sua serventia para tal ladroagem. Em seguida, o valor era levantado pelos seis funcionários e repartido.

Os trabalhadores em questão são os únicos que tinham acesso à senha do SISTAFE no distrito. Pouco a pouco, eles “transferiam valores que variavam de 100 mil a 200 mil meticais para a conta de um agente económico local”, disse o administrador, aclarando que este empresário confessou ter sido envolvido no esquema e ganhava cinco mil meticais por cada transferência para a sua conta.

Foi instaurado um processo-crime contra os indivíduos e o desfecho pode ser de expulsão da Função Pública, de acordo com Jorge Moura.

“Eles estiveram cerca de seis meses detidos mas levantámos a suspensão, incluindo o não pagamento de seus salários, e o processo corre normalmente. Mas por aquilo que foi apurado, não tenho dúvida de que ainda este mês haverá o devido despacho, que será o despedimento”, afirmou Jorge.

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