Três funcionários públicos afectos à Autoridade Tributária de Moçambique, na província de Gaza, roubaram 1.200.000 meticais dos cofres do Estado, entre Outubro de 2012 e Março de 2013, para uso pessoal e indevido, o que prova que à semelhança do que acontece noutras instituições públicas, ali existem, também, pessoas de má-fé que se dedicam à delapidação do erário. Do grupo, um foi absolvido por falta de provas e dois estão a cumprir nove anos de prisão.
Bernardo Duce, porta-voz do Gabinete Central de Combate à Corrupção (GCCC), explicou que os indiciados falsificavam as guias de pagamento após cobrarem os impostos e ficavam com o remanescente.
Estas acções de ladroagem aconteceram igualmente na província de Maputo, onde dois funcionários cuja tarefa era avaliar e aprovar projectos do Fundo de Desenvolvimento Distrital, vulgo “sete milhões”, apoderaram-se de 830.000 meticais. Segundo Bernardo Duce, para materializarem as suas ambições, os supostos ladrões submeteram projectos em nome dos seus familiares, autorizaram o respectivo financiamento e desviaram o montante para seu uso pessoal.
No posto fronteiriço de Ressano-Garcia, no distrito da Moamba, na província de Maputo, dois funcionários do Serviço Nacional de Migração e um cidadão que não pertence àquela instituição foram detidos por cobrar 950 meticais e 250 randes para facilitar a entrada deste no país, uma vez que possuía um passaporte com irregularidades.
Na província de Manica, um professor do Instituto Agrário de Chimoio (IAC) encontra-se detido acusado de cobrar 9.500 meticais a três estudantes alegadamente para facilitar o seu ingresso naquele estabelecimento de ensino.
