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Funcionário da Justiça Ambiental foi vítima de um atentado em Tete

Um dos funcionários da Justiça Ambiental (JA) cuja indentificação é ocultada por motivos de segurança, baseado na província de Tete, foi vítima de um atentado na sua residência no bairro de Chingodzi-Aeroporto, na madrugada do dia 21 de Agosto, por cerca de 01h25.

Dois indivíduos não identificados, munidos de armas de fogo do tipo AKM, entraram na casa da vítima , arrombaram a fechadura da porta principal e, simultaneamente, gritavam para que ele abrisse a porta ou seria morto, segundo um comunicado de Imprensa enviado ao @Verdade.

A vítima conseguiu fugir para o Posto Policial de Chingodzi-Aeroporto à procura de socorro e apresentar queixa do sucedido. No posto policial os agentes da PRM alegaram não ter meios de transporte para ir verificar o que se passava, nem crédito para telefonar à esquadra mais próxima e que não podiam sair do posto policial porque o comandante não estava presente.

Assim, a única ajuda que poderiam dar seria permitir que a vítima dormisse no posto policial, e foi o que aconteceu. No dia seguinte a vítima foi com os agentes da PRM e o secretário do bairro à sua casa para que verificassem os estragos feitos na sua residência. Para além de cadeados partidos, porta arrombada e três paredes do muro partidas nada foi roubado dentro da sua residência.

Não é a primeira vez que o funcionário em questão é vítima de ameaças e perseguição. A 17 de Julho, foi abalroado por um carro que o perseguia enquanto transitava de motorizada na via pública na cidade de Tete, o embate fez com que perdesse o controle da motorizada e caísse, contraindo ferimentos ligeiros.

“De momento não temos qualquer informação que nos indique se os dois incidentes estão ou não relacionados, nem da motivação dos mesmos, de certa forma eliminamos a possibilidade da motivação ser roubo porque não foi retirado absolutamente nada da sua residência. Esperamos que a Polícia da República de Moçambique investigue o caso”.

A Justiça Ambiental diz que está preocupada com esta situação de intimidação e ameaça do seu funcionário, ora vítima, e chama atenção as autoridades policiais para maior protecção dos activistas. Quem terá interesse em amedrontar um activista?, eis a pergunta da JA.

Além deste episódio, inúmeras vezes a equipa da JA tem sido intimidada e ameaçada a fim de evitar a continuidade do seu trabalho naquela província. “Segundo o Artigo 68 da Constituição da República de Moçambique de 2004, o domicílio e a correspondência ou outro meio de comunicação privada são invioláveis, salvo nos casos especialmente previstos na lei”.

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