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FRELIMO reclama vantagem na zona costeira

As estruturas da Frelimo a nível da província de Nampula, Norte de Moçambique, consideram que a vantagem de votos que este partido e seu candidato, Armando Guebuza, levam em relação aos outros concorrentes nas eleições da última quarta-feira, nesta parcela do país, inclui também a zona costeira, anteriormente considerada como sendo de influência da oposição.

Sem sustentar com números, o Secretário Provincial da Mobilização e Propaganda da Frelimo, Lourenço Sabonete, disse hoje que apesar de a sala de operações desta formação política estar ainda a receber os resultados, “podemos dizer que a vantagem está do nosso lado”. Sabonete, que é igualmente Portavoz da Frelimo para a província de Nampula, indicou que mesmo nos distritos costeiros, a situação mudou.

“Desde o ano passado, as zonas costeiras como Angoche, Nacala-Porto e Ilha de Moçambique, que como municípios estavam nas mãos da oposição, já passaram para a Frelimo. Informações em nosso poder indicam que em todos os distritos de Nampula, incluindo costeiros, a Frelimo e Armando Guebuza estão a frente nestas eleições”, vincou Lourenço Sabonete. A fonte descreveu, por outro lado, a votação de Quarta-feira como tendo sido ordeira, na qual os eleitores demonstraram maturidade cívica.

Alguns eleitores, segundo ele, até permaneceram horas a fio nas filas, esperando a sua vez de votar, mas que nem com isso desistiram. Sobre o facto de a oposição, principalmente a Renamo, que já veio a público acusar a Frelimo de ter feito tudo ao seu dispor para reverter a situação a seu favor, Sabonete respondeu que “a oposição nunca vai aceitar nada”.

Renamo diz que nenhum delegado de lista abandonou as urnas

O Porta-voz da Renamo na província de Nampula, Arnaldo Chalaua, negou que delegados de lista desta formação política tenham abandonado as urnas no distrito de Angoche. Contudo, queixa-se da detenção de alguns membros sem culpa formal. Informações postas a circular a partir de Angoche indicavam que 290 membros das mesas de voto da Renamo teriam abandonado as urnas, um pouco depois do encerramento da votação de Quarta-feira, boicotando deste modo a contagem parcial dos votos.

As mesmas informações indicavam que esta atitude visava protestar contra uma alegada introdução deliberada de votos nas urnas a favor da Frelimo e do seu candidato, para além de um suposto impedimento do exercício de votação a militantes e simpatizantes da Renamo. No entanto, segundo a versão de Chalaua, alguns membros da Renamo teriam sido detidos porque simplesmente limitaram-se a apresentar situações anómalas que “ocorreram” nas mesas de voto.

“Nem um único membro nosso abandonou as mesas. Mas eles foram vítimas de detenções”, disse Chalaua. Questionado se não estava a par dos resultados parciais que, até aqui, dão uma clara vantagem a Frelimo e Guebuza, Chalaua indicou que tudo o que a imprensa está a divulgar tem a ver com a votação nas zonas de cimento porque, segundo ele, nas zonas rurais os resultados “são favoráveis a Renamo”.

Sobre a zona suburbana de Namicopo, na cidade de Nampula, tida como sendo de influência da Renamo mas que nas eleições da última Quarta-feira indicam o contrário, Chalaua acusou a Frelimo de ter influenciado o resultado.

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