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França confirma morte de suspeito de ser mentor dos ataques em Paris

O homem suspeito de ser o mandante dos ataques que mataram 129 pessoas na capital da França na semana passada está entre os mortos de uma operação policial realizada num subúrbio de Paris, disseram autoridades francesa nesta quinta-feira. Abdelhamid Abaaoud, militante belga de 28 anos, foi acusado de orquestrar os ataques coordenados com tiros e homens-bomba na capital francesa, na sexta-feira.

A polícia primeiramente pensou que ele estivesse na Síria, mas as investigações levaram a uma casa em Saint-Denis, subúrbio a norte de Paris, e oficiais fortemente armados entraram no prédio e iniciaram uma intensa troca de tiros.

“Abdel Hamid Abaaoud foi formalmente identificado, após comparação de digitais, como morto durante a operação”, disse a promotoria de Paris em nota. “Foi o corpo que encontramos no prédio, coberto de balas”.

Mais tarde, um promotor disse que ainda não estava claro se Abaaoud havia detonado um cinturão de explosivos.

O primeiro-ministro francês, Manuel Valls, divulgou a notícia no Parlamento e recebeu aplausos de parlamentares que votavam pela extensão do estado de emergência do país por mais três meses. “Soubemos hoje… que o mandante dos ataques – ou um deles, vamos continuar cautelosos – está entre os mortos”, disse Valls a repórteres.

A confirmação de que Abaaoud estava em Paris irá aumentar o foco de atenção sobre os serviços de segurança europeus, que após os ataques de sexta-feira pensavam que ele ainda estivesse na Síria. “Essa é uma grande falha”, disse Roland Jacquard, presidente do Observatório Internacional de Terrorismo.

Na manhã de quarta-feira, investigações levaram a polícia a uma casa onde Abaaoud estava escondido no subúrbio parisiense de Saint-Denis. Autoridades disseram na quarta que duas pessoas foram mortas na operação, incluindo uma mulher-bomba que se explodiu. Especialistas forenses tentavam determinar se uma terceira pessoa morreu. Oito pessoas foram presas.

Duas fontes policiais e uma fonte próxima à investigação disseram à Reuters que uma célula militante em Saint-Denis planeava um novo ataque ao distrito comercial de La Defense, em Paris.

Um fonte próxima à investigação disse que a mulher-bomba que morreu pode ser prima de Abaaoud.

Investigadores acreditam que os ataques – os mais letais na França desde a Segunda Guerra Mundial – foram planeados na Síria, com células militantes na Bélgica organizando o atentado.

O Estado Islâmico, que controla vastos territórios na Síria e no Iraque, reivindicou responsabilidade, informando que os ataques foram uma retaliação por ataques aéreos franceses contra o grupo ao longo do último ano.

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