A França acaba de colocar à disposição de Moçambique cerca de 300 milhões de euros, equivalentes a perto de 11,8 biliões de meticais, para apoiar o desenvolvimento de infra-estruturas de transporte de energia eléctrica e gás natural.
A iniciativa visa acelerar o desenvolvimento de “grandes projectos em implementação e destinados a impulsionar o progresso socioeconómico de Moçambique”, disse ao Correio da manhã Serge Seguro, embaixador da França em Maputo.
A falta de infra-estruturas adequadas pode constituir um “grande obstáculo para o desenvolvimento e aproveitamento dos recursos naturais existentes em Moçambique”, salientou o diplomata, acrescentando que o montante necessário foi disponibilizado através da Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD).
Para o efeito, Moçambique deverá reembolsar o empréstimo à França ao longo dos próximos 20 anos, período que o embaixador Seguro considera que Moçambique vai cumprir com aquele compromisso devido aos “ganhos provenientes da exploração de recursos naturais valiosos, como carvão mineral e gás natural, que deverão ser explorados com maior intensidade até ao período programado”.
Apesar da crise económica prevalecente na Europa, os programas de apoio a Moçambique ainda “não foram afectados pelas políticas de contenção orçamental na França”, acrescentou Seguro, mostrando-se também esperançado que a situação continue “favorável também em 2014”.
Refira-se que a Agência Francesa de Desenvolvimento apoia vários programas de desenvolvimento socioeconómico de Moçambique desde 1981.
Basicamente, aquela agência financia no país programas de melhoramento de infra-estruturas de telecomunicações, energia, água, desenvolvimento rural, saúde, meio ambiente, turismo, bem como apoia a exportação de algodão, castanha de caju e copra.