Para continuarmos  a fazer jornalismo independente dos políticos e da vontade dos anunciantes o @Verdade passou a ter um preço.

ADVERTISEMENT

Fraco saneamento do meio periga vidas em Moçambique

O saneamento do meio ambiente, ou seja, as práticas que visam promover a qualidade e a melhoria do meio ambiente, contribuir para a saúde pública e o bem-estar da população continua deveras imperfeito em Moçambique devido, mormente, à má gestão de resíduos sólidos, à higiene pessoal inadequada, à exiguidade de latrinas e à fraca disponibilidade da água, factos que concorrem para a origem da elevada prevalência de doenças tais como a cólera e doenças de pele.

A Direcção Nacional de Águas (DNA) estima que cerca de 14 mil moçambicanos, dos quais 10.700 crianças, menores de cinco anos de idade, morrem, anualmente, devido a problema ligados ao mau saneamento do meio. Julieta Paulo, chefe do Departamento de Água e Saneamento na DNA, disse, nesta -feira (14), em Maputo, que as zonas rurais a cobertura do abastecimento de água é de 50 porcento.

Aliás, estima, também, que as famílias moçambicanas despendem acima de 660 milhões de meticais, por ano, à procura de serviços de saúde, incluindo consultas, compra de medicamentos, transporte e internamento hospitalar.

Julieta Paulo acredita que o envolvimento da comunidade nas acções de promoção de boas práticas do saneamento do meio pode ajudar a combater doenças, apesar do crescimento demográfico, do desenvolvimento industrial e da migração da população rural para os centros urbanos, que aumentaram os problemas relacionados com o saneamento.

Esta situação tem como consequência a poluição ambiental, nomeadamente do ar, da água, dos solos, incluindo a poluição acústica e visual, o que reduz a qualidade de vida das populações.

Num outro desenvolvimento, Julieta referiu que a defecação em lugares inapropriados contribui para o aumento de doenças tais como a cólera e pode repelir os turistas e os banhistas das zonas onde ocorrerem, para além de poluir a águas.

Este problema, segundo a DNA, custa aos cofres do Estado 70 milhões de dólares, o que faz com que aumente o investimento para eliminar a prática, uma vez que o país precisa de construir e usar 2 milhões de latrinas. Enquanto isso, a indústria, a agricultura, o comércio e os serviços são responsáveis pela acumulação de elevadas toneladas de resíduos tóxicos.

Suzana Loforte, directora da DNA, considerou que um dos aspectos que impedem a melhoria do saneamento tem a ver com a falta de fundos para várias intervenções tais como melhorar as condições do ordenamento territorial.

WhatsApp
Facebook
Twitter
LinkedIn
Telegram

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

error: Content is protected !!