O ex-número dois da Renamo e actual presidente do Partido para Paz Democracia e Desenvolvimento, Raul Domingo, é o candidato presidencial para as eleições gerais de 15 de Outubro próximo em representação de uma coligação partidária designada PDD/AD, anunciada esta quinta-feira (15).
A coligação é composta por 12 partidos políticos, todos de “fraca expressão” no panaroma político nacional, e foi apresentada publicamente esta quinta-feira (15), em Maputo, capital do país. Fazem parte dela as formações: PDNM, PRD, PACOD, CDU, PLDM, PSM, PEMU, PCM, PAREDE, UNAMO, PATUNAMO e PDD, e diz-se aberta a mais partidos que sejam efectivamente da oposição. Foram quase dois anos de negociações para a efectivação do projecto de coligação.
Durante a apresentação, ficou-se a saber que a escolha de Raul Domigos como candidato presidencial se deve ao alegado facto de este “ser um homem que com uma cultura e valores de paz e reconciliação nacional e engajado na luta para o desenvolvimento do país”.
A coligação PDD/AD apresenta-se como uma alternativa democrática ao actual regime que, segundo entende, enferma de nepotismo, partidarismo e corrupção.
No seu discurso após ser apresentado como candidato às presidenciais, Raul Domingos disse que o actual cenário do país marcado pela tensão político-militar, agravamento da intolerância política, altos níveis de desemprego, entre outros, fragilizam a jovem democracia e comprometem a construção de um verdadeiro Estado de direito democrático.
“A constituição da coligação PDD/AD representa a mais alta vontade de vencermos os factos negativos que dividem os partidos políticos da oposição em momentos eleitorais. (…) a dispersão do voto apenas beneficia o nosso adversário político e confunde o nosso povo que anseia arduamente por uma alternativa à governação do país”, afirmou o candidato.
É desta vez…
Sob o lema “É desta vez…”, Raul Domingos diz que a PDD/AD está disposta a ser uma alternativa de governação para o povo moçambicano e apressa-se a apresentar promessas de mais oportunidades e emprego e distribuir com equidade a riqueza nacional, combater o enriquecimento ilícito.
Domingos fala de fomento de habitação efectivamente para jovens, educação virada para o domínio da ciência, tecnologia e saber fazer, inclusão, justiça para todos e “não haverá impunidade e o crime organizado não terá espaço”.
