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Fórmula 1: Vermelho predomina na vitória de Alonso no GP da China

Fernando Alonso venceu de forma dominante o GP da China, neste domingo, com uma ótima estratégia que proporcionou à Ferrari a primeira vitória na temporada de Fórmula 1 e pressionou a atual campeã Red Bull.

Numa corrida em pista seca, ditada pelas escolhas de pneus e por paradas frequentes nas boxes, Alonso terminou 10 segundos e um décimo à frente da Lotus de Kimi Raikkonen e recuperou-se da batida na corrida anterior, na Malásia.

Lewis Hamilton completou o trio de campeões mundiais que subiu ao pódio com o terceiro lugar pela Mercedes, apesar de ter largado na pole position.

“A equipe fez um trabalho perfeito no acerto do carro”, disse Alonso, agora terceiro no Mundial de Pilotos com 43 pontos após três corridas – a seis pontos de Raikkonen e a nove do tricampeão Sebastian Vettel, da Red Bull.

A Ferrari diminuiu a diferença para a Red Bull no Mundial de Construtores para cinco pontos. Foi a segunda vitória de Alonso na China, onde o vermelho é considerado a cor da boa sorte, e a primeira dele desde o GP da Alemanha, em julho do ano passado. Ele chegou a 31 vitórias na carreira, mesmo número do britânico Nigel Mansell, campeão de 1992.

“Foi uma corrida fantástica desde o começo. Não houve grandes problemas e a degradação dos pneus foi melhor que a esperada. Foi ótimo”, disse o bicampeão depois de uma batalha com quatro líderes diferentes nas primeiras sete voltas. “Nas duas corridas que terminamos, conseguimos um segundo lugar e uma vitória, então nosso começo de 2013 é muito bom”.

Raikkonen conseguiu o segundo lugar do grid, mas largou muito mal e foi imediatamente ultrapassado pela duas Ferraris. O finlandês caiu para quarto antes de recuperar as posições em meio aos vários pitstops e apesar de quebrar o bico do carro quando foi forçado para fora da pista pela McLaren de Sergio Pérez. “O que diabos ele está fazendo?”, gritou o “Homem de Gelo” pelo rádio em um momento pouco característico de irritação.

VETTEL QUARTO

Vettel terminou em quarto lugar, a apenas 0s2 de Hamilton. A sua emocionante perseguição até a bandeirada final foi o ponto alto de uma tarde em que os pilotos procuraram administrar o ritmo dos carros. O alemão começou com pneus médios, diferente dos líderes, que usaram os macios, e deixou para colocar os compostos mais rápidos a cinco voltas do final. Essa estratégia permitiu a perseguição a Hamilton. “Ainda não estamos lá, mas não estamos tão longe”, disse o chefe da Mercedes, Ross Brawn, a Hamilton pelo rádio.

A equipe viu Nico Rosberg vencer de ponta a ponta na China ano passado. O britânico pode se contentar com o segundo pódio seguido para o seu novo time, depois de deixar a McLaren ano passado, enquanto Rosberg não conseguiu terminar a prova.

A McLaren de Jenson Button, que terminou em quinto, garantindo cinco campeões mundiais nas primeiras posições, chegou a perguntar para a equipe se deveria lutar ou simplesmente conservar os pneus. Houve mais agonia para a Red Bull de Mark Webber, que largou dos boxes, pois ficou sem gasolina no treino classificatório. Ele parou ainda na primeira volta para colocar pneus macios.

O australiano durou 18 das 56 voltas, parou duas vezes e quebrou a asa dianteira em uma colisão com Jean-Eric Vergne, da Toro Rosso, filial italiana da Red Bull. Webber assumiu a culpa e recebeu uma penalidade de três posições no grid do GP do Bahrein, que será realizado no próximo final de semana.

TEORIA DA CONSPIRAÇÃO

A tarde dele contrastou com o GP da Malásia, na semana passada, o qual ele liderou até Vettel ignorar instruções da equipe e ultrapassá-lo. O relacionamento entre os companheiros de equipe foi o principal assunto no paddock de Xangai antes da corrida, mas eles não chegaram a se cruzar durante a prova, e Webber nunca teve a oportunidade de realizar algum plano de vingança.

A situação em que isso esteve mais próximo de acontecer foi quando Vettel quase acertou o pneu traseiro direito que se desprendeu do carro de Webber na volta 14. “A estratégia dele estava funcionando muito bem e ele estava a recuperar-se”, afirmou o chefe da equipe Christian Horner sobre a corrida de Webber. “O toque foi um infortúnio, e abandonei a corrida foi mais ainda”.

Com raiva, ele afastou qualquer teoria da conspiração contra o australiano, dizendo que esse tipo de sugestão é “um lixo completo”.  A nossa principal missão é fazer os dois carros terminarem na melhor posição possível. Qualquer um que acredite que há uma conspiração com qualquer um dos pilotos não sabe o que está dizendo”, respondeu o britânico.

A Ferrari de Felipe Massa, que também passou Raikkonen na largada, terminou em sexton, com o australiano Daniel Ricciardo, da Toro Rosso, em sétimo, e Paul Di Resta, da Force India, em oitavo.

O francês Romain Grosjean foi o nono, com a Lotus, e o alemão Nico Hulkenberg assegurou o ultimo ponto da corrida para a Sauber e compensou a batida do companheiro Esteban Gutiérrez na traseira da Force India de Adrian Sutil. Gutiérrez recebeu uma punição de cinco posições no grid do GP do Bahrein.

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