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Forças governamentais atacam e ocupam sede da Renamo e residência de Afonso Dhlakama na Beira

A sede da Renamo e a residência do seu líder, Afonso Dhlakama, localizadas no bairro Ponta Gea, na cidade da Beira, província de Sofala, foram na manhã desta sexta-feira (01) atacadas e ocupadas por um contingente das Forças Armadas de Defesa de Moçambique e da Força de Intervenção Rápida.

A operação de assalto a esses locais, que envolveu uma troca de tiros entre as forças governamentais e os ex-guerrilheiros da Renamo, ocorreu por volta das oito horas da manhã, tendo causado uma grande agitação na segunda maior cidade do país. Informações em nosso poder indicam que alguns homens da FIR contraíram ferimentos.

Dados indicam que pelo menos três guardas da residência do líder da Renamo, Afonso Dhlakama, foram detidos enquanto outros conseguiram fugir, levando consigo armas. A sede provincial da Renamo localiza-se num quarteirão entre a Universidade Pedagógica (UP) e a Pensão Moderna, enquanto a residência de Dhlakama encontra-se a escassos metros da orla marítima, junto à Igreja Católica do Macúti.

Segundo uma testemunha, “agentes da FIR chegaram em duas viaturas de caixa aberta, arrombaram a porta da sede e começaram a disparar. Não houve resistência porque naquele local trabalham apenas pessoas civis, e na altura da ocupação estavam menos de dez funcionários”.

E acrescenta que “agora está uma viatura da FIR com cinco homens na frente da sede”. Entretanto, os tiros criaram pânico aos residentes da zona. Os estudantes da Universidade Pedagógica, localizada a menos de 50 metros do local, interromperam as aulas e houve mesmo alguns que saíram das salas, saltando mesmo pelas janelas.

Os cidadãos residentes no bairro da Ponta Gêa continuam assustados pois temem uma eventual resposta de homens armados da Renamo que se acredita existirem na Beira.

Esta semana, o director-adjunto da Política de Defesa Nacional, Manuel Mazuze, disse à imprensa que o país não está em guerra e que os ataques que têm vindo a ocorrer constituem “incidentes para criar terror” no seio da população e, por isso, os seus autores ao serem neutralizados devem ser responsabilizados criminalmente.

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