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Forças armadas da oposição líbia estão a aproximar-se de Trípoli

As tropas do líder líbio, Muammar Khadafi, estão a bombardear posições da oposição nas montanhas orientais depois de se terem aberto três frentes em direcção a Trípoli, a capital. Um porta-voz da oposição, de nome Kalefa,disse a partir da cidade de Nalut que não havia, até áquele momento, baixas. “As forças de Khadafi estão a bombardear Nalut … Mais de 30 rockets Grad caíram na cidade. Estão a disparar a partir de 20 quilómetros”, disse.

O porta-voz acrescentou que decorriam bombardeamentos também em Wazin-Dehiba, junto à fronteira com a Tunísia. Nos últimos dias a oposição fez avanços no terreno, em direcção à parte ocidental do país dominada por Khadafi, e estão de momento estacionados nas proximidades de Zlitan, a este de Trípoli.

Na terça-feira à noite os aviões da NATO [cuja missão é conter as forças do coronel líbio e impedir a morte de civis], bombardearam Trípoli provocando explosões que iluminaram a capital. As forças da oposição [que instalou a sua sede e governo em Bengasi] estão a tentar avançar para Brega, de forma a alargar o seu domínio a partir dali. A zona de Brega tem sido o epicentro dos combates contra Khadafi e as suas quatro décadas de governação. Sinal de que as tropas leais ao coronel podem estar a abrir brechas na defesa foi a tomada de Kikla, a 150 km de Trípoli. A oposição avançou ainda vários quilómetros a partir de Misurata.

NATO faz avaliação dos bombardeamentos

O conflito dura já há vários meses e a intervenção da NATO (que decorre há três meses) não conseguiu ajudar a oposição a entrar em Trípoli ou a travar Khadafi. Por isso, o secretário-geral da organização, o general Anders Fogh Rasmussen, vai encontrar-se com o primeiro-ministro britânico, David Cameron, em Londres, para definir os próximos passos e fazer o balanço da missão. Dentro da Aliança Atlântiva há opiniões divergentes e dúvidas sobre a capacidade de a NATO manter uma operação de longa duração na Líbia. “Estamos a fazer esta operação com todos os meios que temos disponíveis… Se se prolongar, esses meios vão tornar-se [insuficientes]”, disse o general Stephane Abrial.

Saad Djebbar, um ex-conselheiro de Muammar Khadafi, disse à Reuters que o coronel vai continuar a sua estratégia de forma a desmoralizar e enfraquecer a aliança. “O pensamento de Khadafi é: se eles não triunfam, eu não perco”. E acrescentou que Khadafi foi encorajado pela posição americana a deixar a Europa e os países árabes encontrarem uma solução para o conflito e que se aproxima um momento crítico, o Ramadão, que o líder líbio deverá usar para ganhar pontos junto da população, nomeadamente assegurando o fornecimento de alimentos a Trípoli.

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