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Força de Intervenção Rápida agride trabalhadores de empresa de segurança

Agentes da Força de Intervenção Rápida(FIR) de Moçambique atacaram selvagemente esta quarta-feira cerca de uma centena de trabalhadores da empresa de segurança G4S que protestavam pelos descontos que a empresa tem feito ilegalmente nos seus salários, o não pagamento do subsídios de férias e de horas extraordinárias e a necessidade de reposição de outras remunerações descontados de forma injustificada pela entidade patronal.

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Depois da concentração inicialmente pacífica e vendo que a entidade patronal não dava respostas satisfatórias, o grupo de trabalhadores iniciou o que chamou formas de pressão. Aos cânticos tocavam batuques, batiam os portões da empresa e, mais tarde, entraram dentro das instalações onde vandalizaram parte dos bens da empresa, dos quais alguns computadores. Nessa altura a direcção da empresa decidiu chamou a polícia.

Duas viaturas da PRM, com cerca de 20 agentes fez-se ao local e conseguiu amainar os ânimos dos revoltosos que queriam que a empresa cumprisse com a promessa, que havia sido reiterada na passada semana na presença de Inspectores do Ministério do Trabalho e um representante do Ministério do Interior. A promessa era que até as primeiras horas de terça-feira os pagamentos dos valores em reivindicação seriam concretizados. O que não aconteceu, segundo a G4S alegadamente devido a burocracias bancárias.

Com a presença da polícia, os trabalhadores continuaram apenas a cantar e a tocar batuques. As canções não eram injuriosas, mas sim, com conteúdo que expressava as exigência da necessidade do pagamento dos valores que efectivamente lhes são devidos, segundo o reconhecimento da própria empresa. Entretanto, a direcção da empresa, vendo que os cânticos não paravam, decidiu solicitar a chamada Força de Intervenção Rápida.

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Chegada ao local a FIR não tentou sequer acalmar os ânimos e carregou violentamente sobre os manifestantes pacíficos, e indefesos, empunhando armas de guerra (AK47), armas de gás lacrimogéneo e bastões.

Mesmo depois de dominados e detidos vários manisfestantes foram violentados pelos agentes da FIR que ainda encetaram uma verdadeira caçada a todos os vigilantes que haviam abandonado as àrea frontal da empresa de segurança e haviam procurado refúgio nas redondezas.

A tortura contra os pacíficos vigilantes continuou até já dentro das viaturas da polícia, enquanto eram levados à 18ª esquadra. Segundo várias fontes anónimas as agressões aos manifestantes terão continuado na esquadra.

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