Apesar dos casos de falhas relatados nos últimos dias, o secretário-geral da entidade, Jérôme Valcke disse esta semana que os problemas de segurança registados até ao momento na Taça das Confederações são aceitáveis. A FIFA deu nota sete (numa escala de zero a dez) para no quesito segurança do torneio.
“Acho que daria nota sete. Sabemos que o sistema de segurança não está perfeito, mas achamos que é completamente normal. Estamos a um ano do Campeonato do Mundo e a Taça das Confederações serve exatamente para esses testes”, disse em entrevista à rádio Metro FM, a principal de Johannesburgo. Nos dois principais casos de problema de segurança, as seleções do Brasil e do Egito reclamaram de roubos nos seus quartos de hotel.
Existem ainda relatos de falta de controle em estádios, antes e depois dos jogos. “Não registamos um grande problema até agora. Sentimos sim que existe a necessidade de treinar melhor as pessoas que ficam ao redor dos estádios nos dias de jogos. Mas teremos tempo para isso”, disse Valcke.
Na segunda-feira, o Comitê Organizador realizou um balanço da disputa do torneio. Os responsáveis pela organização foram literalmente massacrados com perguntas sobre segurança. Surpresos, disseram que só existem problemas pontuais e encerraram a conversa com os jornalistas antecipadamente para evitar um humilhação maior.
Transportes
O secretário-geral da Fifa assumiu que existem necessidades de mudanças no sistema de transportes no país. As movimentações entre as cidades e dentro das áreas urbanas são muito complicadas, já que a estrutura é precária. “Temos que pensar muito bem como vamos fazer para o Mundial. Vamos precisar de ajudar os adeptos. Muitos chegaram atrasados aos estádios. Também não queremos que fiquem sem meio de transporte principalmente depois dos jogos, a noite”, disse.
Bilhetes
Valcke falou ainda sobre a dificuldade de atrair adeptos aos estádios durante a Taça das Confederações. Com as bancadas vazias na primeira jornada, os organizadores sofreram pressão da Fifa e passaram a distribuir bilhetes entradas como medida de urgência.
“O público que participa de uma Taça das Confederações não é o mesmo de um Campeonato do Mundo. Então está claro que precisaremos rever o modelo para a edição de 2013 no Brasil. Por exemplo, podemos colocar 50% dos bilhetes com desconto”, explicou.