Sete produtos agrícolas não tradicionais nas exportações moçambicanas deverão escalar o competitivo mercado europeu, a partir de 2011, num projecto-piloto em execução e financiado pelo Reino dos Países Baixos no valor de 1100 milhões de euros, aproximadamente, 3,3 mil milhões de meticais.
Daquele rol de produtos há a destacar feijão verde, piripíri, manga, ananás, amêndoa de caju e artesanato originários das províncias de Nampula, Manica, Sofala, Inhambane e de Maputo e a sua produção envolve pequenas e médias empresas, algumas delas também exportadoras, segundo Cecília Candrinho, directora do Instituto para a Promoção das Exportações (IPEX).
Candrinho não indicou o período exacto a partir do qual irá arrancar a exportação daqueles produtos, alegando “precisarmos ainda de um tempo para superar vários constrangimentos enfrentados no desenvolvimento de cada um dos projectos”.
Um deles está relacionado com a eliminação de doenças das plantas como a fitoxina que ataca a planta de amendoim “para exportarmos, por exemplo, aquele produto cientes de que está livre da doença ou produto químico nocivo à saúde pública”, explicou Candrinho, quando falava ao Correio da manhã esta quarta-feira, em Maputo, durante a cerimónia de lançamento oficial do projecto-piloto para testar o potencial exportável de produtos não tradicionais no mercado europeu.
Outro constrangimento prende-se com a necessidade de Moçambique garantir quantidades suficientes de cada um dos produtos para serem exportadas dentro dos prazos acordados com os importadores da União Europeia,”pois não vale a pena mandarmos quantidades pequenas, enquanto o importador quer volume elevado ou não exportarmos durante algum tempo devido à ruptura de stocks”, realçou a directora do IPEX.
