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Farc apresentam condição para a libertação do jornalista francês

A maior guerrilha da Colômbia exigiu, esta Segunda-feira, um debate sobre a liberdade de informação como um primeiro passo para a libertação do jornalista francês Roméo Langlois, sequestrado há nove dias, e acusou as Forças Armadas do governo de manipular repórteres.

A posição das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), que poderia dificultar a imediata libertação do jornalista, veio ao público um dia depois de a guerrilha ter admitido o seu sequestro durante o combate com uma unidade do Exército que o repórter acompanhava.

“Roméo Langlois vestia uniformes militares do Exército regular no meio dum combate. Acreditamos que o mínimo que se pode esperar para a recuperação da sua plena mobilidade é a abertura de um amplo debate nacional e internacional sobre a liberdade de informar”, afirmou o grupo rebelde em comunicado distribuído pela Internet.

“Os jornalistas que as Forças Armadas colombianas levam consigo em suas operações militares não cumprem o propósito imparcial de informar sobre a realidade, mas o de manipular essa para que sirva ao projecto de guerra contra o povo colombiano”, acrescentaram as Farc, que declararam o jornalista como “prisioneiro de guerra”.

O grupo não deu mais detalhes sobre as suas exigências. A Fundação para a Liberdade de Imprensa, uma organização local que promove o livre exercício do jornalismo, afirmou que a demanda da guerrilha não tem lógica.

“O que a guerrilha deveria fazer se tem algo a dizer é entrar na sociedade civil e participar nos debates, mas esse tipo de exigência para que libertem uma pessoa parece-nos sem lógica”, declarou o presidente da organização, Ignacio Gómez.

Langlois, de 35 anos, foi declarado desaparecido pelo governo da Colômbia em 28 de Abril depois de ser capturado durante um combate entre tropas do Exército e rebeldes das Farc numa região de floresta no departamento de Caquetá, no sul da Colômbia.

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