O distrito de Lichinga, província de Niassa, está desprovido de médico por falta de condições para acomodar o único profissional do género que foi indicado há três meses para trabalhar naquele ponto do Norte de Moçambique. Trata-se do primeiro médico a ser indicado para aquele distrito com cerca de 94 mil habitantes. O Administrador de Lichinga, Juma Taratibo, disse, ao “Notícias”, que este é um dos exemplos da difícil situação que diversos técnicos superiores enfrentam quando são chamados a trabalhar em locais como o distrito de Lichinga.
“Temos casos de técnicos que chegam a se esforçar, vivendo na cidadecapital (Lichinga) e diariamente se deslocam ao nosso distrito para trabalhar. Este exercício não é fácil, porque os custos de transporte são elevados. No mínimo, uma pessoa está sujeita a gastar 50 meticais (1,9 USD)”, disse Taratibo.
“Por estes motivos, os técnicos desistem de cá estar, em prejuízo do distrito. Contudo, pensamos que dentro em breve solucionaremos o problema de acomodação para o médico”, acrescentou ele. Para se ultrapassar este problema de falta de residências para os quadros superiores naquela parcela do país, já se está a levar a cabo um projecto financiado por uma instituição bancária com vista a se construir um bairro residencial.
Segundo o administrador, no âmbito deste projecto, 160 talhões já estão demarcados, devendo, a breve trecho, iniciarem as obras de construção de residências.