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Falta de água condiciona abertura do hospital no centro de Moçambique

O novo hospital distrital de Moma, província de Nampula, cujas obras para a sua construção foram concluídas há mais de um ano, tendo custado cerca de três milhões de euros, comparticipados pelo governo e a organização Medicus Mundi, ainda não entrou em funcionamento devido à escassez de água, facto que inquieta as autoridades governamentais locais que se desdobram à procura de uma solução para o efeito.

Conforme o administrador de Moma, Araújo Momade, um hospital daquela envergadura, com capacidade de internamento de 150 pacientes nas enfermarias de Medicina, Pediatria, Maternidade e Cirurgia, com um bloco operatório, entre outros serviços, não pode funcionar sem garantias de abastecimento de água com regularidade.

Esperava-se que até meados do ano passado a situação fosse ultrapassada com a reabilitação do pequeno sistema de abastecimento de água à vila de Moma, mas não se concretizou, apesar da construção de raiz do novo hospital distrital de Moma, que foi concebido para servir também parte das populações do distrito vizinho de Pebane, na província da Zambézia.

O atraso na operacionalização do pequeno sistema de abastecimento de água à vila de Moma deveu-se à constatação da obsolescência de parte da tubagem que transporta a água da estação de captação até ao centro de tratamento, exigindo deste modo a sua urgente substituição.

Dificuldades de ordem financeira concorrem para que até ao momento a população da vila de Moma, estimada em 80 mil habitantes, continue a depender de água dos poços a céu aberto, com risco de contaminação.

Segundo Araújo Momade, as direcções Nacional de Águas e provincial de Obras Públicas e Habitação em Nampula estão a desenvolver esforços no sentido mobilizar fundos para financiar a aquisição d e nova tubagem, visando a substituição da que se encontra obsoleta.

Como não há perspectivas sobre quando o montante necessário estará disponível, o governo de Moma já iniciou contactos junto de parceiros e até agora o consórcio irlandês que explora as areias pesadas na localidade de Topuito, a Kenmare, é o único parceiro que se mostrou aberto a comparticipar, visando custear a aquisição de uma electrobomba que será montada no novo furo mecânico num dos espaços interiores do hospital distrital, na perspectiva de oferecer água que possa possibilitar a abertura daquela unidade hospitalar.

Araújo Momade disse que os doentes em estado considerado grave, com particular destaque para mulheres grávidas, com partos complicados, têm sido transferidos para o hospital rural de Angoche e central de Nampula, o que acarreta despesas avultadas, que serão minimizadas depois que Moma passar a contar com a sua unidade sanitária em funcionamento.

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