Um cidadão encontra-se detido na capital moçambicana, desde a semana finda, acusado de falsificação e venda de bebidas alcoólicas, de marca “Tentação” e “Boss”, negócio com o qual assume ter amealhado pelo menos 60 mil meticais após comercializar mais de mil garrafas.
O visado, que alega ter enveredado por este caminho devido ao desemprego, foi neutralizado quando tentava transportar um tambor do mesmo produto para a sua residência em Maputo, com o propósito de proceder ao enchimento e posterior distribuição aos seus potenciais clientes.
O cidadão contou à Polícia da República de Moçambique (PRM) que já trabalhou numa fábrica de bebidas espirituosas e vinhos, na capital do país, mas depois de ficar hospitalizado por conta de um acidente no seu posto de trabalho ficou sem ocupação que lhe garantisse renda.
Preocupado com a sobrevivência e o futuro da sua família, segundo ele alegou, pensou no que fazer, tendo optado por dar continuidade, não obstante de forma ilícita, ao seu ofício de fabricador de bebidas alcoólicas. Com uma parte do dinheiro da sua indemnização adquiriu recipientes para o enchimento com o produto em alusão.
De acordo com o individuo, a matéria-prima era adquirida na antiga fábrica onde trabalhou e contava com o apoio de um amigo para o efeito. Ou seja, o seu fornecedor roubava os recipientes e as respectivas tampas, bem como as estampas e embalagens do armazém do patrão. Por cada 20 litros de álcool, o falsificador ora confesso, produzia 60 litros, e disse que conseguia o mesmo teor alcoólico e volume das bebidas verdadeiras.
A Polícia recolheu igualmente às celas o proprietário da viatura usada para transportar o produto em questão, pese embora ele tenha se defendido, justificando que não tinha como recusar prestar serviços porque depende disso para sobreviver.
De referir que, em 2013, O Governo aprovou um instrumento que regula a Comercialização e Consumo de Bebidas Alcoólicas no país, e que proíbe o acondicionamento, venda e exposição de bebidas alcoólicas em recipientes plásticos.