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Falhada promessa de 35 mil casas até 2019 Governo de Nyusi quer construir 138 mil habitações até 2029

Falhada promessa de 35 mil casas até 2019 Governo de Nyusi quer construir 138 mil habitações até 2029

Falhada a promessa de edificar 35 mil novas habitações para os moçambicanos até 2019 o Governo de Filipe Jacinto Nyusi propõe-se agora a construir 138 mil novas casas sociais até 2029. Contudo o problema fundamental mantém-se: são necessários pelo menos 989 milhões de dólares norte-americanos para construção, o Orçamento do Estado não é solução(aliás este ano não disponibilizou um único metical para a Habitação), e não há crédito de habitação que torne as casas acessíveis para a maioria dos cidadãos que sejam honestos trabalhadores.

Em Moçambique existe um défice habitacional de mais de 2 milhões de casas, para mitigar o drama Filipe Jacinto Nyusi, através do Plano Quinquenal do seu Governo, propôs-se a construir 35 mil habitações entre 2015 e 2019.

Até a crise das Dívidas ilegais eclodir não tinham sido edificadas nem 10%, durante o ano em curso nenhuma casa foi erguida pois os fundos previstos no Orçamento de Estado para o efeito não foram desembolsados, de acordo com um documento apresentado pelo Fundo para o Fomento de Habitação(FFH) no III conselho coordenador do Ministério das Obras Públicas, Habitação e Recursos Hídricos(MOPHRH).

Entretanto o Executivo, através do FFH, propõe-se agora a construir 138 mil habitações e a infra estruturar 115 mil talhões ao longo dos próximos 12 anos numa iniciativa que denomina de “Programa Integrado de Construção Massiva de Habitação Social(PICMHS)”.

Concebido para moçambicanos jovens, funcionários e agentes do Estado e combatentes que não possuam habitação própria e que tenham rendimentos entre 4 mil e 65 mil meticais o Programa não tem um custo total, mas só a primeira fase, em que se projecta construir 30 mil casas, está orçada preliminarmente em 989.7 milhões de dólares norte-americanos. Todavia não há data para o lançamento da primeira pedra pois não existe dinheiro.

“O cerne dos desafios da habitação gravitam a volta de financiamento para a construção e aquisição, bem como de modalidades de aquisição que tornem a habitação acessível” reconhece o Fundo para o Fomento de Habitação, no seu documento a que o @Verdade teve acesso, e onde propõe à consideração e para o devido enquadramento legal algumas fontes de financiamento que sejam não onerosas para o Estado.

Fundo “7 milhões” para Habitação Social

O FFH propõe a consignação da venda de materiais de construção e de bebidas alcoólicas e de tabaco onde cada metical gerado da venda do cimento, ferro, tintas e barrotes ou da venda de uma garrafa ou de cada maço de cigarros reverteria à favor do PICMHS.

O Fundo para o Fomento de Habitação sugere que as multinacionais que operam em Moçambique, assim como outras grandes empresas, financiem a construção das habitações sociais ou a bonificação de créditos que seriam concedidos pela banca comercial.

Outras potenciais fontes de financiamentos propostas para o Programa Integrado de Construção Massiva de Habitação Social são a criação de um Fundo de Desenvolvimento, à semelhança do Fundo de Desenvolvimento Distrital, e também dinheiro do Fundo de Pensões.

O FFH sugere ainda que o Banco Nacional de Investimentos seja o banco oficial do PICMHS e assegure as garantias bancárias para o financiamento da iniciativa.

Adicionalmente o espera-se a mobilização de fundos externos juntos dos parceiros de cooperação particularmente o Banco Mundial, o Banco Istâmico, o BAD, o Banco Europeu, ONG´s, Parcerias Público Privadas e até mesmo através de créditos concessionais.

De acordo com o documento que o @Verdade está a citar 60% destas habitações sociais serão destinadas aos moçambicanos que ganham entre 4 mil e 20 mil meticais, 20% serão para os trabalhadores com salário entre os 20 mil e 40 mil meticais e as restantes casas serão destinadas aos funcionários com rendimentos entre 40 mil e os 65 mil meticais.

O @Verdade questionou ao Fundo para o Fomento de Habitação de que forma estes cidadãos poderão aceder as habitações, que terão um custo unitário, na melhor da hipóteses, na ordem de 20 a 30 mil dólares tendo em conta que os créditos de habitação que são vendidos pela banca comercial são proibitivos para um honesto trabalhador? Passada uma semana, e até ao fecho desta edição o FFH não esclareceu.

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