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Fábrica de antiretrovirais vai ganhar corpo a partir de Março

O administrador do Instituto de Gestão de Participações do Estado (IGEPE), Santos Gonzaga, anunciou para Março próximo, o início das obras de adaptação da fábrica de soros, no município da Matola na província de Maputo, para se tornar numa unidade para a produção de antiretroviarais.

Gonzaga anunciou o facto durante um encontro realizado na semana passada e que serviu para a nomeação dos membros do Conselho de Administração daquela unidade fabril.

Na ocasião, Gonzaga explicou que já foram feitas algumas melhorias na actual unidade fabril e na área administrativa para a instalação desta unidade.

Segundo anuncia a Agencia de Noticias de Resposta ao SIDA, para membros do Conselho de Administração da fábrica de antiretrovirais, que deverá iniciar as suas actividades até finais do corrente ano, o IGEPE, nomeou Alcino Ndeve, Fernanda Neves e Natividade Bule.

Numa primeira fase, que deverá ocorrer entre 2012 e 2013, a fábrica vai produzir anualmente 250 milhões unidades de comprimidos antiretrovirais e 145 milhões de unidades de outros medicamentos considerados essenciais e bastante utilizados em Moçambique. Mais tarde, a produção de medicamentos antiretrovirais deverá atingir a cifra de um milhão de unidades por ano.

Santos Gonzaga, administrador do IGEPE, informou que para a nomeação da nova direcção foram tomadas em consideração a sua experiência profissional e conhecimento na área de HIV/SIDA.

“Alcino Ndeve e Fernanda Neves, sanipor exemplo, são médicos, enquanto que Natividade Bule preside a organização Empresários Contra o SIDA (EcoSida)” explicou.

Concebida em 2003, durante a primeira visita oficial a Moçambique do antigo presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, a fábrica de antiretrovirais teve o projecto de viabilidade elaborado pelo governo brasileiro e ficou acordado que aquele pais sul americano pagaria a maior parte da execução do projecto.

No ano passado, o congresso brasileiro libertou, através de uma doação, cerca de oito milhões de dólares a Moçambique para apoiar a iniciativa, enquanto que o governo moçambicano adquiriu as instalações onde está a ser instalada a nova fábrica.

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