A fábrica de antiretrovirais no país entrará em funcionamento entre Dezembro e Janeiro próximos, garantiu o Embaixador do Brasil em Moçambique, António Sousa e Silva.
A funcionar na antiga Fábrica de Soros, na cidade da Matola, província de Maputo, Sul do país, o empreendimento vai, numa primeira fase, laborar na embalagem de anti-retrovirais fabricados no Brasil. “Numa fase inicial, Moçambique receberá grandes quantidades de medicamentos feitos no Brasil. Os técnicos nacionais irão trabalhar na embalagem em carteiras destes conteúdos já com o selo “Made in Mozambique”.
O acto será contínuo até que se criem condições para a sua produção local e plena”, disse o diplomata brasileiro. Sobre os prazos para a concretização desta iniciativa, António Sousa e Silva fala dos meados do próximo ano. Contudo, garantiu estarem a ser criadas todas as condições para que se cumpram os prazos e tornar o empreendimento uma realidade.
A entrada em funcionamento da fábrica de anti-retrovirais foi sucessivas vezes anunciada e a sua efectivação ainda não ocorreu. Sobre a efectividade deste projecto, a fonte garantiu que nada será como dantes. “A diferença é que nós agora não estamos a falar. O processo já está em curso e começou com a capacitação de técnicos nacionais há mais de um ano.
Já há movimentação de peritos do Brasil que vêm facilitar o treinamento em Moçambique, já temos inclusive um director fabril, que veio do Brasil para liderar a parte técnica do processo. O que interessa neste momento é que se saiba que o processo é irreversível”, afirmou António Sousa e Silva que admite, porém, alguma margem de atraso tendo em conta o processo de tramitação e a própria chegada de ferramentas essenciais para o arranque do trabalho, mas que não chegarão a afectar o ritmo que está a ser seguido.
Sobre a mão-de-obra envolvida no processo, o Embaixador brasileiro disse ao jornal “Notícias” não ter dúvidas que será maioritariamente moçambicana. Contudo, não avançou o número e muito menos a capacidade instalada da fábrica. Adiantou que, para além dos paliativos para o vírus do HIV, a nova fábrica vai activar o processo de fabrico de soros.
O índice de seroprevalência do HIV/ Sida em Moçambique situa-se nos 16,2 por cento entre a população adulta.