O volume de exportações de açúcar em Moçambique caiu em nove porcento, no fecho de 2013, face ao ano anterior, ao fixar-se nos cerca de USD 134,4 milhões, apurou o Correio da manhã de uma fonte do Centro de Promoção da Agricultura (CEPAGRI).
Até finais de 2013, a indústria açucareira do país exportou o correspondente a 222 mil toneladas de açúcar, contra um volume de cerca de 243.583 toneladas conseguidas no exercício económico de 2012.
Refira-se que o açúcar moçambicano é largamente exportado para o mercado da União Europeia (UE), no âmbito da iniciativa EBA-Everthing But not Army (Tudo menos armas), devido às facilidades de acesso que aquele mercado oferece.
A queda deveu-se à baixa produção de açúcar no país em 2013, que foi de apenas 383,1 mil toneladas, representando uma redução em três porcento face à produção do igual período do ano anterior, situação influenciada pela irregularidade das chuvas na região Centro e cheias na região Sul de Moçambique.
Estes fenómenos naturais contribuíram negativamente no rendimento médio de produção de cana-de-açúcar na ordem de sete porcento, ou seja, passou de 73,9 toneladas por hectare em 2012, para 68,6 toneladas por hectare no ano seguinte, realça o CEPAGRI no seu relatório anual referente a 2013, enviado ao Correio da manhã.
“Todas as quatro açucareiras activas em Moçambique não atingiram as metas planificadas para 2013, em termos de produção e exportação de açúcar”, sublinha aquela instituição adstrita ao Ministério da Agricultura.
Relativamente às vendas de açúcar no mercado doméstico, em 2013 registou-se uma “redução ligeira” na ordem de um porcento em relação às registadas no ano anterior, ou seja, as mesmas totalizaram 162.865 toneladas, indica o CEPAGRI.
Plano para 2014 Entretanto, até finais deste 2014, a indústria açucareira moçambicana prevê um aumento de produção para cerca de 424 mil toneladas no período, cenário que colocará o país numa posição de “produtor eficiente” a nível da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC), para além de que “Moçambique tornar-se-á cada vez mais competitivo a nível internacional”.