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Exportação de frutas ainda é uma miragem em Nampula

A exportação de frutas produzidas na província de Nampula para o mercado estrangeiro ainda é um sonho longe de se tornar real, devido à má qualidade, pouco domínio das técnicas de produção, maneio e transportes, misturas de diversas variedades de frutas para um único fim.

De acordo com Hussene Bay, director-adjunto do Centro de Formação em Frutas (CFF) em Nampula, embora a província tenha um potencial invejável de produtividade naquela área agrícola, ainda não tem qualidade suficiente. Não existe formação na área de transporte de frutas, para além de capacidade para o processamento de frutas.

Bay disse que, se a província de Nampula optar por exportar variedades de frutas misturadas de uma só vez, as mesmas vão se estragar facilmente e quando for para fazer sumo, o sabor não será o normal.

O nosso interlocutor afirmou que o país pretende alcançar um patamar onde estará a concorrer em pé de igualdade com outros países. Porém, ele reconheceu a incapacidade que a província tem de abastecer os mercados internos. “Ainda não temos capacidade de suprir o mercado de frutas. No entanto, estamos a estudar a possibilidade de criação de campos modelos”, disse.

Importa referir que o CFF possui 142 hectares para a produção de ananás, papaia e banana. Portanto, segundo aquele responsável, a instituição que dirige está a estudar a possibilidade de inverter a situação.

“É um gesto do Banco Mundial, que se insere no Projecto de Gestão e Operação de Centro de Formação e Forma de Demonstração em Nampula”, explicou Bay, tendo acrescentado que os objectivos, tanto do CFF, quanto do Banco de Mundial,, consistem em aumentar a capacidade de produção de frutas que não estão ser produzidas por outros camponeses.

Por outro lado, Bay afirmou que a província de Nampula precisa de, numa primeira fase, 10 especialistas de diferentes áreas, desde a produção, transportes, comercialização e exportação.

Na verdade, a concretização desses objectivos contam, também, com a participação do Instituto de Investigação Agrária de Moçambique (IIAM) e o Projecto de Desenvolvimento a Compacticidade para os Produtores Privados (PACD – sigla inglesa), cuja finalidade é aumentar a área de produção e diminuir os custos de certas actividades no campo de cultivo.

Refira-se que CFF prevê, num futuro não tão distante, promover estudos sobre pragas, procurar financiadores para a área de frutas e formação, produção e transportes e conta com a ajuda de especialistas americanos, asiáticos e europeus.

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