Forças leais ao presidente sírio, Bashar al-Assad, mataram pelo menos 100 pessoas que fugiram da cidade de Qusair depois de o local ter sido conquistado por tropas do Exército e os combatentes do grupo xiita libanês Hezbollah, semana passada, disseram, Domingo (9), os activistas da oposição.
A maioria dos mortos foi atingida por disparos de metralhadoras e um bombardeio contínuo ao longo dos últimos dias, enquanto tentavam atravessar uma rodovia a leste de Qusair para áreas fora do alcance das forças de Assad, disseram os activistas.
A informação não pôde ser imediatamente verificada, uma vez que as autoridades sírias restringiram o acesso ao país dos meios de comunicação independentes.
O activista Hadi al-Abdallah disse que ele é uma das milhares de pessoas que fugiram de Qusair num grupo de civis e combatentes que abandonaram os seus carros e caminharam 35 km numa área rural conhecida como Housseiniya, perto da principal rodovia para a cidade de Homs.
“Nós estávamos a levar muitos feridos de Qusair e esses foram os primeiros a serem mortos porque não podiam escapar do tiroteio”, disse Abdallah. “A maioria dos corpos foi deixada para trás e apenas 15 foram recuperados. Muitos feridos foram capturados. Entre eles um primo meu. Liguei para o celular dele e um homem respondeu dizendo que eu podia ir buscar o corpo em pedaços”, disse o activista.
Mohammad al-Qusairi, outro activista, disse que o Exército sírio posicionou-se em três áreas próximas à rodovia para atacar as pessoas que fogem de Qusair.
“Um corredor estreito de fuga de Qusair permaneceu, mas o Exército aguardava na saída. Eles querem enviar uma mensagem de que qualquer pessoa com qualquer ligação com a cidade será punida”, disse Qusairi, que falava da cidade turca de Antakya.