Os residentes da região paquistanesa do Waziristão do Norte, habitada pela etnia pashtun, acusaram, esta segunda-feira (23), as forças governamentais de matarem dezenas de civis durante uma operação contra insurgentes do Taliban.
A operação começou logo depois de um atentado suicida contra um posto de controle policial no Waziristão, quarta-feira passada (23). Essa região montanhosa, na fronteira com o Afeganistão, é um reduto de militantes do Taliban ligados à Al Qaeda.
Há meses vinha crescendo a especulação de que o governo realizaria uma ofensiva militar nas áreas tribais, onde existe pouca presença do poder público e grande infiltração de combatentes islâmicos estrangeiros.
Os militares disseram que mais de 30 militantes, a maioria de etnia uzbeque, morreram na operação. Em nota, os militares não fizeram referência às denúncias de que civis teriam sido mortos.
As autoridades paquistanesas impuseram um toque de recolher, e muitos residentes fugiram das suas casas depois de dias de bombardeios na região de Mir Ali, no Waziristão do Norte, depois do atentado suicida.