O Exército do Egito anunciou num comunicado, na segunda-feira, que não vai usar a força contra os egípcios que participam de protestos no país, exigindo a renúncia do presidente Hosni Mubarak. O conjunto militar afirmou que a “liberdade de expressão” está garantida para todos os cidadãos que usam meios pacíficos.
Foi a primeira confirmação explícita do Exército de que não irá avançar contra os manifestantes que saíram às ruas do país desde a semana passada para pressionar pela derrubada de Mubarak, no poder há 30 anos. “A presença do Exército nas ruas é por sua causa e para garantir sua segurança e bem-estar. As forças armadas não vão recorrer ao uso da força contra o nosso grande povo”, afirmou o comunicado.
“As suas forças armadas, que estão cientes da legitimidade de suas demandas e estão ansiosas para assumir a sua responsabilidade em proteger a nação e os cidadãos, afirmam que a liberdade de expressão através de meios pacíficos é garantida para todos.”
O Exército pediu que as pessoas não recorram a atos de sabotagem que violem a segurança e destruam as propriedades pública e privada. Os militares também advertiram que não permitirão que criminosos ataquem, saqueiem e “aterrorize os cidadãos”.