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Exército e rebeldes travam confrontos violentos na Síria

Os rebeldes mataram 23 soldados sírios, esta Segunda-feira, na cidade de Rastan, segundo uma entidade de direitos humanos da oposição, numa nova violação da trégua intermediada pela ONU.

A oposição ao presidente Bashar al Assad diz que a cidade foi bombardeada pelo Exército, com saldo de nove mortos, inclusive um comandante rebelde local.

Em seguida, os rebeldes reagiram em combates nos arredores de Rastan, cidade que fica 25 quilómetros ao norte de Homs e que já mudou várias vezes de controle do governo para a oposição desde o início da rebelião contra Assad, em Março de 2011.

O bombardeio começou no Domingo e intensificou-se durante a noite, segundo os activistas.

“Os morteiros e foguetes estão a atingir a cidade desde 3h de Domingo, ao ritmo de um por minuto. Rastan está destruída”, disse à Reuters por telefone satelital um membro do Exército Sírio Livre (ESL, força rebelde), pedindo anonimato.

O Observatório Sírio de Direitos Humanos, com sede na Grã-Bretanha, disse que os combates começaram ao alvorecer, e que os rebeldes destruíram três veículos blindados de transporte de tropas, além de apreenderem outros dois e capturarem cerca de 15 soldados.

As restrições do governo ao trabalho da imprensa dificultam a confirmação dos relatos sobre o confronto, que marca uma nova violação da trégua implantada há um mês por iniciativa do enviado internacional Kofi Annan.

A rebelião síria envolve principalmente a maioria sunita do país, em contraposição à minoritária seita alauita, à qual Assad e a cúpula militar pertencem.

Rastan sempre forneceu muitos recrutas sunitas para as Forças Armadas, e alguns oficiais oriundos da cidade passaram a desertar depois de as forças de segurança matarem dezenas de manifestantes locais e prenderem pessoas conhecidas.

A região foi cenário, ano passado, do primeiro confronto armado sírio entre desertores e forças legalistas.

Os militares pró-Assad em várias ocasiões retomaram o controle de Rastan, mas a cidade continua a cair nas mãos dos rebeldes.

A sua topografia e a sua localização estratégica ajudam os desertores a realizarem ataques aos autocarros militares e postos de controle mantidos pela inteligência militar e por milícias pró-Assad, segundo os activistas da oposição.

Rastan fica cerca de 180 quilómetros ao norte de Damasco, entre plantações à beira do rio Orontes, e junto à rodovia que leva a Aleppo.

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