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Exército do Iêmen mata 62 militantes em confrontos

As tropas do Iêmen mataram pelo menos 62 combatentes suspeitos de serem ligados à rede Al Qaeda no terceiro dia de confrontos, esta Quarta-feira, à medida que o governo tenta vencer a luta cada vez mais violenta contra os militantes islâmicos.

As autoridades locais e os moradores disseram que o confronto ocorreu em Jebel Yasuf, uma montanha a 10 quilómetros ao sul da cidade de Lawdar, onde dezenas de pessoas foram mortas, desde Segunda-feira, depois de os militantes Ansar al-Sharia terem atacado um acampamento do exército.

Pelo menos oito pessoas foram mortas em combates permanentes nas imediações, Terça-feira. Os militantes, encorajados por um ano de turbulências no Iêmen, querem aproveitar-se do controle enfraquecido do governo para espalhar a sua influência.

Em Abyan, onde está localizado Lawdar, eles já possuem grandes partes de território. Um alto funcionário do governo disse que o confronto em torno de Lawdar representou um ponto de virada na luta do Exército com o Ansar al-Sharia (Partidários da Lei Islâmica), depois duma série de derrotas para o grupo militante.

“A batalha de Lawdar é considerada decisiva para o Exército contra os grupos terroristas e um prelúdio para a limpeza de todas as cidades tomadas pelos militantes na província de Abyan”, disse o oficial.

Ele acrescentou que 10 militantes também haviam sido capturados. O Ministério da Defesa informou numa mensagem de texto que tinha destruído uma série de postos de controle criados pelos militantes numa estrada principal que liga Lawdar à província vizinha de Al-Bayda, reabrindo a rota.

A mensagem também citou fontes militares não identificadas dizendo que sauditas, paquistaneses e somalis estavam entre os militantes mortos na área Lawdar.

O presidente Abd-Rabbu Mansour Hadi prometeu combater a Al Qaeda e os seus afiliados quando assumiu o cargo no início deste ano depois de o seu antecessor sair sob pressão de manifestantes anti-governo e de potências estrangeiras ansiosas para impedir uma desordem.

Desde então, os militantes intensificaram as operações contra o Exército, realizando uma série de ataques mortais.

Em troca, a Força Aérea iemenita lançou ataques aéreos sobre redutos suspeitos dos militantes e os Estados Unidos juntaram-se aos ataques com aviões teleguiados.

Os Estados Unidos e a Arábia Saudita, ambos alvos do braço iemenita da Al Qaeda, temem que o Iêmen esteja a tornar-se uma frente importante na sua campanha contra a rede militante, que sofreu uma série de golpes ao longo do ano passado, mesmo com o assassinato do seu fundador e líder, Osama bin Laden.

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