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Exclusão social em Moçambique preocupa FMI

Os elevados níveis de exclusão social que se registam em Moçambique já estão a preocupar o Fundo Monetário Internacional, segundo o seu representante, Victor Lledó, realçando que a instituição está a sensibilizar o Governo para inverter o cenário. “O desenvolvimento económico não inclusivo de Moçambique está a preocupar o FMI, a ponto de, no seu próximo relatório, a sair entre Março e Abril de 2011, estar a preparar matéria para abordar em profundidade esta situação”, enfatizou Lledó, respondendo a António Francisco, professor universitário de Economia e investigador do Instituto de Estudos Sociais e Económicos (IESE).

 

 

Francisco disse não entender porque é que o FMI, quando analisa o impacto negativo da crise financeira mundial, em Moçambique, faz de uma forma global “como se Moçambique se equiparasse à África do Sul e ao Botsuana, por exemplo, com economias mais robustas, enquanto aqui no país há sérios problemas de exclusão social”.

Falando durante um debate realizado após o lançamento, na passada sexta- feira, em Maputo, do relatório “Perspectivas Económicas Regionais para África Subsaharia Outubro de 2010”, o economista questionou também o FMI e doadores externos por estarem sempre preocupados com “doings business, descurando o aspecto principal que é o desenvolvimento inclusivo de Moçambique”, aconselhando-os a ajudarem Moçambique na luta contra a exclusão social.

Tensão social

O representante do FMI em Moçambique congratulou, entretanto, o país pelo clima de diálogo entre o Governo e a sociedade civil moçambicana contra novos focos de tensão social semelhantes às manifestações dos dias 1 e 2 de Setembro de 2010 contra o agravamento do custo geral de vida.

“O diálogo deve continuar e ser permanente para se evitar novos conflitos”, vincou Lledó, falando ainda durante o lançamento do relatório sobre perspectivas económicas regionais para África ao Sul do Sahara de 2010.

No global, o documento destaca o início da recuperação das economias da região, devendo o crescimento ser de 5,5%, em 2011, “iniciando um novo ciclo de recuperação para níveis atingidos antes da crise financeira mundial de 2007”.

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