O ex-presidente argentino Carlos Menem foi condenado, esta Quinta-feira (13), a sete anos de prisão pela venda ilegal de armas ao Equador e à Croácia na década de 1990, mas não irá para a cadeia porque tem imunidade como senador.
A sentença da 1ª Sala da Câmara Federal de Cassação Penal é a primeira a ser imputada ao polémico político. Em Março, o tribunal já havia anunciado a sua condenação, mas faltava atribuir a pena.
O ex-ministro da Defesa Oscar Camilión já foi condenado a cinco anos e meio de prisão pelo caso. Menem, de 82 anos, presidente por dois mandatos consecutivos entre 1989 e 1999, foi acusado de promover a venda ilegal de armas entre 1991 e 1995, período em que os dois países receptores estavam sob um embargo armamentista internacional.
O ex-presidente, que se diz inocente, ainda pode recorrer à Corte Suprema de Justiça. Ele alega que as armas estavam destinadas à Venezuela e ao Panamá e que ele não sabe como elas foram parar no Equador e na Croácia.