A ex-coordenadora da Rádio Comunitária Macequece, Inês João Charomar, está revoltada por ter sido afastada das suas funções e exige uma indemnização de mais de 300 mil meticais pelo tempo que prestou serviços à Associação Comunitária Macequece de Manica (ACOMAM), proprietária daquela estação emissora.
Inês Charomar acusa o comité de Gestão da Rádio Macequece de violar os seus direitos, uma vez que foi demitido do cargo de coordenadora supostamente sem motivos claros.
Refira-se que Charomar foi afastada da Rádio Comunitária Macequece no decurso de uma Assembleia Extraordinária da ACOMAM, realizada a 26 de Maio de 2012, acusada de desvio de fundos e materiais de trabalho, factos que a visada não confirma como tendo se tratado de um roubo, mas sim, de um empréstimo feito por escrito (72 chapas de zinco e seis mil tijolos pertencentes a rádio).
Após o seu afastamento, Charomar foi novamente contratada pelos gestores da Rádio Comunitária Macequece como agente de serviço para a mesma estação emissora, mas recusou a proposta por considera-la uma falta de consideração para ela em virtude de fazer parte dos membros fundadores da rádio.
O vice-presidente do comité de gestão da ACOMAM, Jaire Crosse Grawad, disse que não tem o valor que a ex-coordenadora exige, por isso, pede o apoio de outras organizações para a solução do problema.
António Albino, da mesma agremiação, considera que o caso deve ser dirimido pelo tribunal porque ninguém afastou Charomar da rádio, apenas foi atribuída outras funções, as de agente de serviço. “O cargo de chefia é por confiança”.