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EUA Prontos a Ajudar a Expandir Negócios EUA-África

Os Estados Unidos estão prontos a ajudar a África a expandir a relação empresarial EUA-África, mas “devemos ter a certeza de que os governos em África são dignos do seu povo”, disse a Secretária de Estado Hillary Rodham Clinton na Séptima Cimeira Bienal EUA-África a 1 de Outubro.

Num importante discurso, Clinton afirmou que a África possui um potencial enorme e que o aumento da relação empresarial EUA-África exige boa governação. “Continuo convencida de que nenhum outro lugar tem tantas oportunidades no futuro como a África. Mas isso não significa que temos apenas que esperar que isso aconteça. Temos que trabalhar juntos”, declarou. Clinton disse: “Queremos olhar para trás, para a administração Obama e poder dizer, ‘Fizemos a diferença em África e podemos ver os resultados’.

Isto não só porque é o que deve ser feito, mas também porque é inteligente fazê-lo”. “É muito pessoal para o Presidente Obama. Ele considera-se um filho de África por causa do seu pai. Eu e ele conversamos sobre como queremos ver mudanças positivas, mudanças que todos sabemos que podem ser feitas tendo em conta a inteligência, a ética no trabalho e as habilidades extraordinárias do povo de África. Então vamos certificar-nos de que os governos de África são dignos do seu povo”.

Clinton referiu-se à sua viagem em Agosto a sete países africanos, sublinhando o lugar importante que a África ocupa na administração Obama e no povo americano. “É verdadeiramente um empenhamento de alto nível de toda a administração porque partimos da premissa de que o futuro de África é importante para o nosso próprio progresso e prosperidade. A administração Obama tem estratégias para ajudar a promover o desenvolvimento económico em África e criar condições que ajudarão a melhorar a vida do povo africano, que é para nós como realmente se mede o sucesso”.

“Estamos desejosos de ultrapassar estereótipos que pintam a África como uma terra de pobreza, doença, conflito e pouco mas. Continuaremos a lançar novas bases para um novo tipo de compromisso com África”, anunciou ela, “que seja edificado sobre responsabilidade comum e oportunidade comum e em parcerias que produzem resultados mensuráveis, duradouros”. Clinton disse à sua audiência de empresários, investidores, funcionários e diplomatas americanos e africanos que “é altura de mudar a narrativa” sobre África.

Durante demasiado tempo “a África foi considerada como um caso de caridade em vez dum continente capaz de se tornar o motor da economia do século XXI. Portanto já é altura de mudar a narrativa. É altura de compreender que políticas comerciais reforçadas permitirão a empresas africanas aproveitar mais eficazmente os mercados existentes e criar novos”. Os países africanos podem utilizar a tecnologia e a inovação para saltar as primeiras fases do desenvolvimento e integrarem-se mais rapidamente no mercado mundial, disse ela. Também afirmou que a reforma do sector agrícola de África é essencial para o seu crescimento futuro e prosperidade e que investir nas pessoas, e em especial nas mulheres, permitirá a África avançar para o futuro sustentável que todos desejam.

“Temos uma grande agenda e uma visão muito positiva”, disse ela avisando que “nada disto pode acontecer sem liderança africana responsável, sem bom governo, transparência, responsabilidade, sem aceitação do estado de direito, sem gestão do ambiente e gestão efectiva de recursos, sem respeito pelos direitos humanos, sem o fim da corrupção como um cancro que come o espírito empreendedor e a esperança de milhões de pessoas”. Clinton disse à sua audiência que os Estados Unidos estão empenhados em trabalhar com a África para vencer estes desafios e realçou algumas histórias de sucesso recentes, elogiando o Ruanda e o nível de desenvolvimento económico alcançado que está “directamente ligado às políticas sólidas que o governo [de Kagame] implantou” aí.

A viagem de Clinton em Agosto levou-a ao Quénia, África do Sul, República Democrática do Congo, Nigéria, Libéria e Cabo Verde. Disse que em cada país que visitou viu exemplos de actividades que já estão a dar dividendos, desde a agricultura a negócios, ao sector da saúde. “Assim por toda a África, sabemos que há oportunidades a aproveitar e sabemos que há pessoas que farão o trabalho difícil, mas o que temos que fazer é ajudar a criar as condições certas”.

Clinton disse que os Estados Unidos estão a dar atenção a cinco áreas em África: primeiro, expandir o comércio, sobretudo o comércio inter-regional, entre países africanos, abrindo mercados intra-africanos; segundo, promover o desenvolvimento na agricultura, infra-estrutura, aviação e outros sectores chave; terceiro, promover a segurança energética; quarto, promover mais parcerias públicas-privadas; e quinto, promover boa governação, transparência, responsabilidade, adesão ao estado de direito e acabar com a corrupção. Pelo menos quatro chefes de estado africanos participaram na cimeira de 29 de Setembro a 1 de Outubro, patrocinada por Corporate Council on Africa.

A cimeira mostrou as últimas oportunidades de comércio e investimento em África através de mais de 50 sessões de actividades específicas para mais de 1.500 participantes. A cimeira anterior do CCA foi realizada na Cidade do Cabo, África do Sul, em 2007. A transcrição dos comentários da Secretária Clinton na cimeira empresarial do CCA encontra-se disponível em America.gov.

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