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EUA e África do Sul trabalham por Zimbábwe livre, diz Hillary Clinton

Hillary dá um novo tom às relações dos Estados Unidos com a África

Os Estados Unidos e a África do Sul trabalham juntos por um Zimbábwe livre, afirmou esta sexta-feira em Pretória a secretária de Estado americana, Hillary Clinton. “Estamos a trabalhar juntos para que se realize a visão de um Zimbábwe próspero, livre e democrático”, declarou Hillary, na sua primeira viagem ao continente africano desde a tomada de posse do governo de Barack Obama.

“Vamos nos consultar estreitamente para definir a resposta mais adequada a uma situação muito difícil para a África do Sul e os Estados Unidos, e principalmente para o povo do Zimbábue”, acrescentou a secretária de Estado, durante uma entrevista coletiva conjunta com sua colega sul-africana, Maite Nkoana Mashabane.

Estas declarações parecem indicar a abertura de um novo capítulo nas relações entre Estados Unidos e África do Sul, dois países que se dotaram recentemente de novos governos. Dissensões apareceram nos últimos anos entre os dois países sobre o problema zimbabuano. Para Washington, o ex-presidente sul-africano Thabo Mbeki era complacente demais com o chefe de Estado do Zimbábwe, Robert Mugabe. Outras divergências surgiram, sobre a invasão americana no Iraque e a luta contra a SIDA.

A África do Sul é o país mais afetado pelo vírus HIV em todo o mundo, com quase seis milhões de pessoas infectadas. “Reconhecemos hoje que durante os oito últimos anos nossas relações não foram coordenadas de maneira correta”, admitiu Mashabane. “Queremos que eles (o governo de união zimbabuano) acelerem a aplicação do acordo” de divisão do poder assinado em setembro de 2008 pelo presidente Mugabe, reeleito em junho em uma votação controvertida, e seu principal oponente, Morgan Tsvangirai, acrescentou.

Os países ocidentais vêm denunciando há muitos anos o regime de Mugabe, no poder desde 1980. O Zimbábue está submerso em uma crise econômica sem precedentes com 94% da população ativa desempregada. Apesar da instauração, em fevereiro, de um governo de união nacional dirigido por Tsvangirai, a violência política continua assolando o país. Depois da reunião com a chanceler sul-africana, Hillary Clinton foi visitar o primeiro presidente negro da África do Sul, Nelson Mandela, em sua casa de Johannesburgo.

Durante o encontro, ela teve acesso a cópias de cartas escritas na prisão pelo herói da luta contra o apartheid. “Isso só faz com que eu admire ainda mais o trabalho dele, e goste ainda mais do homem” que ele é, declarou Hillary, antes de seguir para uma clínica onde são atendidas pessoas com Aids.

 

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