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Estudo de impacto ambiental da HNMK pronto dentro de dois meses

A empresa Hidroeléctrica de Mphanda Nkuwa (HNMK) em Moçambique prevê ter o estudo de impacto ambiental pronto dentro de dois meses e a licença definitiva para construção da segunda maior barragem do país “a meio do ano”.

“Esperamos ter o estudo completo até Abril ou Maio deste ano, quando o vamos submeter ao Ministério do Ambiente, e esperamos ter essa licença até meio do ano. Acreditamos que é um projecto de baixo impacto ambiental”, explicou o administrador executivo da HNMK, Raúl Giesta.

A HNMK é uma empresa formada pela brasileira Camargo Corrêa e pelas empresas moçambicanas EDM (Electricidade de Moçambique) e INSITEC, envolvidas naquele que é o maior projecto com condições de avançar em Moçambique, envolvendo valores superiores a 2,4 mil milhões de dólares (1,75 mil milhões de euros).

A construtora brasileira Camargo Corrêa é a accionista maioritária e tem em Mphanda Nkuwa um desafio inovador, já que pela primeira vez é responsável pelo projecto, pela construção e também pela engenharia financeira.

Negociações em curso

A construção da barragem foi entregue à Camargo Corrêa em Dezembro passado e, segundo Raúl Giesta, a empresa está agora a negociar contratos com a EDM e com a sul-africana ESKOM (empresa responsável por 95% da energia consumida no país vizinho), com base nos quais irá depois fazer empréstimos junto de bancos para financiar a construção da barragem.

“O processo deve demorar um ano. No fim de 2012, início de 2013, estamos em condições de iniciar a construção”, afirmou o responsável, acrescentando que durante essa fase serão gerados 4000 empregos directos, além de muitos outros indirectos decorrentes do movimento que se vai gerar na região, na província de Tete, Norte de Moçambique. Quando a barragem estiver concluída, com as obras a demorarem cerca de 4 a 5 anos, serão gerados 200 empregos directos.

“O estudo prévio que foi feito, e que terminou em 2009, não apresentou nenhum factor fatal para o projecto, todos os pontos que foram levantados são pontos contornáveis, é um projecto de impacto muito limitado. Estamos confiantes que essa licença vai ser outorgada a partir do plano que vai ser entregue em Abril-Maio”, de acordo com o responsável.

Mphanda Nkuwa é uma estreita ravina no rio Zambeze, a cerca de 60 quilómetros a jusante da barragem de Cahora Bassa e 70 da cidade de Tete, uma zona de fraca densidade populacional.

A albufeira gerada pela barragem não chega a 100 quilómetros quadrados, considerada muito pequena (a albufeira de Cahora Bassa ultrapassa os 2700) e as famílias a reassentar, segundo estudos de 2005, não ultrapassam as 260 (1400 pessoas), que irão para zonas menos vulneráveis e com acesso a infra-estruturas educacionais e de saúde.

Quando completa, a barragem de Mphanda Nkuwa produzirá 1500 megawatts de energia. A barragem de Cahora Bassa, o maior empreendimento energético de Moçambique, produz 1920 megawatts.

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