Volvidas duas semanas de greve, cerca de 600 operários moçambicanos do Estádio Nacional retomaram o trabalho. Os grevistas exigiam melhorias salariais, condições de trabalho, assistência médica, além de subsídio de alimentação e gratificação pela conclusão daquela infra-estrutura desportiva.
As partes envolvidas, nomeadamente comissão dos trabalhadores e empreiteiro, chegaram a um acordo nalguns pontos considerados preponderantes, depois de vários impasses registados na sua discussão, sob mediação da Inspecção do Trabalho e da Direcção da Obra.
De acordo com José Pereira, director-adjunto da obra, o empreiteiro comprometeu-se, por um lado, a pagar o valor global de cinco mil meticais de compensação do subsídio de alimentação para todos os trabalhadores que estejam no activo desde Março de 2009, período em que se iniciou a negociação sobre o pagamento daquele subsídio. Relativamente aos trabalhadores no activo depois de Março de 2009, ficou acordado que ser-lhes-á pagos o valor correspondente a 350 meticais multiplicado ao número de meses de trabalho.
Por outro lado, o empreiteiro comprometeu-se a conceder aos operários que realizam trabalhos extraordinários um lanche, de forma a garantir a sua reanimação física, a partir do dia em que cessou a greve até ao fim do projecto. Foi igualmente acordado que o empreiteiro irá considerar, para efeitos de pagamento de salário, o período que durou a paralisação da actividade, que vai de 18 a 28 de Junho.
Ficou, ainda, acordado que as partes devem privilegiar o diálogo permanente sobre a relação laboral. E os outros pontos como reivindicação sobre gratificação, aumento salarial e outros considerados não obrigatórios pela Lei acabaram sendo superados pelo entendimento.