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Espécies em extinção para ver na AFM

Está patente, desde o passado dia 12 de Maio, na Associação de Fotógrafos de Moçambique (AFM), a mostra de fotografia intitulada “Um novo olhar sobre Moçambique: o regresso das grandes Expedições Naturalistas”.

As imagens retratadas resultam de expedições efectuadas por grupos de naturalistas à província nortenha de Cabo Delgado com vista a catalogar espécies normalmente negligenciadas, como é o caso de plantas e invertebrados, e que por isso correm o risco de extinção.

Nos últimos vinte anos, houve uma consciencialização por parte do mundo científico da enorme biodiversidade que o Planeta possui ainda por descobrir e catalogar.

Calcula-se que entre oito a 30 milhões de espécies estejam nessa situação e que metade, se nada for feito, poderá desaparecer até ao final do presente século ficando a sua existência sem qualquer registo.

Para contrariar esta tendência, o processo de catalogação tem vindo a acelerar-se. Foi nesta corrida contra o tempo que surgiu o programa “Our Planet Reviewed”, lançada pela ProNatura International, tendo como parceiro o Museu de História Natural de Paris.

Este programa visa aumentar o conhecimento da biodiversidade do Planeta e documentar as regiões consideradas ricas em espécies (biodiversidade terrestre e marinha). Após esta tomada de consciência, anualmente são descobertas e catalogadas 16 mil novas espécies.

Desde então, especialistas multidisciplinares de vários países e instituições têm partido para o terreno, integrando expedições naturalistas. Aqui procuram identificar a tal “biodiversidade normalmente negligenciada” – caso de plantas e invertebrados – mas de grande importância para o equilíbrio dos ecossistemas.

No nosso país, o Instituto de Investigação Agrária de Moçambique (IIAM) aderiu à iniciativa na sua componente terrestre, implementando o projecto de pesquisa denominado “Biodiversity Survey of the Coastal Dry Forests in Northern Mozambique”. É desse projecto que falam as imagens expostas na AFM.

Refira-se ainda que as expedições em Moçambique contaram com o apoio das fundações Príncipe Alberto II do Mónaco, Total, Stavros Niarchos, Ars Cuttoli e Lounsbery, e cobriram as áreas do Rim do Rovuma (Nhica do Rovuma-Pundanhar-Nangade); distritos de Palma e Nangade; Floresta seca de Mocímboa- Palma; Floresta de Quiterajo, no distrito de Macomia; e Lupangua (Parque Nacional das Quirimbas), no Distrito de Quissanga.

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