A Distribuidora Nacional de Energia fez um pedido oficial no sentido de aumentar as tarifas de energia doméstica e industrial para o período compreendido entre 2013 e 2018.
Há indicações de que o preço a praticar nos próximos cinco anos suba em 200%, o que é incomportável para a maioria da população cujo rendimento mensal não ultrapassa os 500 randes, o equivalente, grosso modo, a 1500,00 meticais.
Segundo o Correio da manhã, desde 2005 os preços da tarifa doméstica de energia subiu 91%, enquanto a inflação subiu 35%.
A proposta de subida no tarifário da energia vai provocar problemas às famílias mais carentes e poderá vir a reduzir grandemente o grau de competitividade comercial e industrial da África do Sul, particularmente no que às exportações diz respeito.
Proposta “inoportuna”
Os analistas económicos da África do Sul consideram “inoportuna” esta proposta de aumento dos preços, precisamente numa altura em que, em resultado das greves e revoltas populares, o país enfrenta dificuldades económicas de toda a ordem.
Algumas instituições da sociedade civil consideram que “não há transparência nesta proposta da ESKOM”, porque entra em contradição com a proposta inicial de realizar aumentos tarifários entre 14 e 19%, de cinco em cinco anos.
Se a proposta for aprovada vai estar em causa o crescimento económico da África do Sul, que, segundo dados do Orçamento actual, não vai, este ano, para além dos 2,3%.
