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Escritor colombiano García Márquez morre aos 87 anos no México

O escritor colombiano Gabriel García Márquez, criador do realismo mágico latino-americano com o seu emblemático livro “Cem Anos de Solidão”, morreu nesta quinta-feira na sua casa na Cidade do México aos 87 anos. As causas da morte não estavam imediatamente claras, mas García Márquez, Prémio Nobel de Literatura, esteve internado até a semana passada num hospital da capital mexicana por uma infecção pulmonar e de vias urinárias.

Há alguns dias, um jornal mexicano afirmou que o câncro linfático que ele sofreu anos atrás havia reaparecido e se espalhado para outras partes do corpo. Contudo, algumas pessoas próximas desmentiram e um dos médicos que atendia o escritor apenas disse na quarta-feira que o seu estado era “delicado”.

Fernanda Familiar, uma jornalista próxima à família que ajudava o escritor na sua relação com a imprensa, deu a notícia na sua conta do Twitter, confirmada mais tarde pelo presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos.

No dia de seu aniversário, em 6 de março, o autor de “Amor nos Tempos do Cólera” e “Crónica de uma Morte Anunciada” saiu à porta da sua residência em um luxuoso bairro ao sul da capital mexicana para agradecer às pessoas que foram cumprimentá-lo, como fazia todos os anos, mas os seus movimentos não tinham muita coordenação. Essa foi a última vez que foi visto em público.

Nesta quinta-feira, um carro fúnebre deixou a sua casa com o corpo do escritor.

García Márquez, que revolucionou as letras hispânicas dando dimensão universal ao realismo mágico, se somou à lista dos latino-americanos premiados com o Nobel de Literatura, ao lado dos chilenos Gabriela Mistral e Pablo Neruda e do guatemalteco Miguel Angel Asturias.

Ele é um dos literatos mais famosos, prolíficos e queridos da América Latina, que descreveu com uma pluma singular mesclando o cotidiano com o irreal.

A sua obra mais conhecida, “Cem Anos de Solidão”, publicada em 1967, foi traduzida em dezenas de idiomas e é estudada em diversas universidades do mundo como um dos pilares do realismo mágico.

Em toda a América Latina figuras culturais e políticas lamentaram a perda do símbolo do boom latino-americano do século 20.

Amigo do líder cubano Fidel Castro, o escritor colombiano nunca escondeu suas ideias de esquerda. “A cultura latino-americana está de luto, morreu Gabriel García Márquez”, diz o Granma, jornal do governista Partido Comunista de Cuba, na sua página na Internet.

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