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Escola Primária Completa de Boquisso está a ruir

Escola Primária Completa de Boquisso está a ruir

A Escola Primária Completa de Boquisso, no distrito de Marracuene, na província de Maputo, em encontra-se em avançado estado de degradação e está a ruir aos poucos, sofre roubos de material didáctico, há cinco anos sem corrente eléctrica e há um ano sem água canalizada.

Erguida há 17 anos, o estabelecimento de ensino do primeiro grau é composta por sete salas de aula, das quais cinco sem mobiliário devido à vandalização e roubos protagonizados por desconhecidos à noite. Mas suspeita-se que os mentores dessas acções que prejudicam sobremaneira as crianças e o corpo docente sejam indivíduos da comunidade.

O edifício em causa está num terreno sem vedação, uma vez que a degradação se encarregou de deitar o muro abaixo, além que acções humanas que concorreram para tal facto. O capim cresce à volta das mesmas instalações como se estivesse a ser cuidado por alguém para algum fim. Aliás, o mesmo capim, bastante esverdeado, por causa da chuva que tem estado a cair, cresce a um ritmo tal como se fosse adubado para alimentar gado.

Além das pessoas da comunidade onde a escola está instalada, os miúdos defecam e urinam de forma desregrada no recinto escolar. A comunidade parece, também, contribuir negativamente para a sua degradação. Os lavabos estão praticamente inutilizados por causa das suas condições precárias de higiene.

A poucos metros entre as casas de banho e o estabelecimento de ensino a que nos referimos as poças de água das chuvas servem de um testemunho incontestável do drama que as crianças passam quando precisam usar os mesmos lavabos no momwnto em que não podem fazer necessidades ao relento por impedimento da direcção, até porque as normas de hiegiene desencorajam este tipo de atitudes que podem degenerar em doenças.

De acordo com António Mate, director da Escola Primária Completa de Boquisso, ali só existe um contínuo. Nesta altura em que os alunos estão de férias, o capim tomou conta do pátio a limpeza deverá ser feita pelos alunos nos primeiros dias de aulas. Tem sido assim todos os anos.

António Mate disse que não podia dizer com precisão quantos alunos estão inscritos. Todavia, indicou que houve sabotagem nas instalações eléctricas, “o que nos deixou às escuras e a nossa escola está à sua sorte”. Nos dias de sol, as sombras a volta da escola servem de salas de aula e na época chuvosa os petizes perdem as lições.

Boquisso não tem escola do segundo grau e os moradores dependem das escolas de Kongolote e Mahulana. “Os alunos não prestam atenção no que os professores ensinam porque a escola é usada como corredor”, segundo António Mate.

Devido à falta de água, os pais e encarregados de educação foram sensibilizados no sentido de aconselharem sempre as crianças a transportarem água para a escola para o consumo. “Nós não temos alunos que frequentam o curso nocturno por falta de iluminação. Temos apenas uma turma de alfabetização que estuda à tarde.”

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