O treinador da Costa do Marfim, Sven Goran Eriksson, entrou na polémica sobre a criticada bola do Mundial, a Jabulani, pedindo um debate a respeito de sua qualidade. O sueco afirmou que “percebe-se nos confrontos e nos treinos que a bola desvia-se”, em declarações depois da partida que terminou com um empate em 0-0, na terça-feira, entre a sua selecção e a de Portugal, pela primeira rodada do grupo G.
“Os guarda-redes não estão nem um pouco contentes com isto. É tarde para fazer a respeito neste Mundial, mas tem que ser debatido pelas autoridades” no futuro, afirmou o ex-treinador da Inglaterra e do México. “Treinadores, jogadores e a empresa que produz a bola (Adidas) devem conversar sobre o assunto”, comentou o técnico em Port Elizabeth.
A bola foi criticada pelo guarda-redes espanhol Iker Casillas, que se queixou de que ela desviava, enquanto o italiano campeão mundial Gianluigi Buffon afirmou que sua trajetória é “imprevisível”. Julio César chegou a dizer que tem a qualidade das bolas vendidas nos supermercados, enquanto o chileno Claudio Bravo foi mais além, ressaltando que parece uma bola de ‘vôlei de praia’. Mas a Adidas defende seu produto. “Há normas rígidas da Fifa sobre a bola (peso, tamanho),” comentou a empresa alemã. “E nossas bolas as respeitam”, indicou.