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Equador oferece residência a Assange, fundador do WikiLeaks

Um funcionário do governo equatoriano convidou o fundador do site de denúncias WikiLeaks para viver e realizar palestras no país, dias depois que o site causou furor internacional ao divulgar documentos confidenciais norte-americanos. Kintto Lucas, vice-ministro do Exterior equatoriano, disse à imprensa local que o Equador está tentando contatar Julian Assange, o responsável pelo WikiLeaks, a fim de convidá-lo a se radicar no país, elogiando o trabalho investigativo que ele realiza.

O Equador é parte de um bloco de governos esquerdistas da América do Sul, que inclui também Venezuela e Bolívia e mantém posição fortemente crítica à política dos Estados Unidos para a região.

O WikiLeaks obteve mais de 250 mil documentos do Departamento de Estado norte-americano e os transmitiu a organizações de mídia, que começaram a publicar no domingo reportagens que expõem o funcionamento interno da diplomacia norte-americana, incluindo avaliações francas e embaraçosas sobre líderes mundiais.

O WikiLeaks havia anteriormente publicado documentos sigilosos norte-americanos sobre as guerras do Afeganistão e Iraque. “Estamos convidando Assange para fazer palestras e, se desejar, lhe ofereceremos cidadania equatoriana”, disse Lucas em entrevista publicada na terça-feira pelo jornal local Hoy.

Assange é cidadão australiano e seu paradeiro atual é desconhecido; acredita-se que se desloque de país a país. Ele estava a tentar residência na Suécia, mas agora está a ser procurado pelas autoridades daquele país devido a acusações de delitos sexuais que o antigo hacker diz serem parte de uma conspiração contra ele. Perguntado se a oferta de residência era um convite formal do governo, Lucas disse que “certamente”.

O governo dos EUA declarou na segunda-feira que lamenta profundamente a divulgação de quaisquer informações sigilosas e que reforçaria a segurança a fim de prevenir fugas de informações como a revelação pelo WikiLeaks de vasto volume de documentos do Departamento de Estado. O Departamento da Justiça norte-americano anunciou estar conduzindo uma investigação criminal sobre os vazamentos.

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